SABIA QUE...?

Outubro 22 2017

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publicado por Lumife às 18:26

Janeiro 05 2010



A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é uma doença desmielinizante caracterizada por uma inflamação aguda com perda da mielina (membrana de lipídeos e proteína que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso) dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos (nervos que emergem de uma parte do cérebro chamada tronco cerebral e suprem às funções específicas da cabeça, região do pescoço e vísceras).

Histórico

Em 1859, o médico francês Jean B. O. Landry descreveu um distúrbio dos nervos periféricos que paralisava os membros, o pescoço e os músculos respiratórios. Em 1916, três médicos parisienses: Georges Guilliain, Jean Alexander Barre e André Strohl, demonstraram a anormalidade característica do aumento das proteínas com celularidade normal, que ocorria no líquor dos pacientes acometidos pela doença.

Desde então, vários investigadores se interessaram pela síndrome, colhendo informações adicionais sobre o distúrbio, e demonstrando que outros músculos, além do grupo muscular dos membros e da respiração, poderiam ser afetados, como os da deglutição, os do trato urinário, do próprio coração e dos olhos.

Causa
A síndrome de Guillain Barré tem caráter autoimune. O indivíduo produz auto-anticorpos contra sua própria mielina. Então os nervos acometidos não podem transmitir os sinais que vêm do sistema nervoso central com eficiência, levando a uma perda da habilidade de grupos musculares de responderem aos comandos cerebrais. O cérebro também recebe menos sinais sensitivos do corpo, resultando em inabilidade para sentir o contato com a pele, dor ou calor.

Em muitas pessoas o início da doença é precedido por infecção de vias respiratórias altas, de gastroenterite aguda (por campylobacter) e, num pequeno número de casos, por vacinação especialmente contra gripe e em raras ocasiões contra hepatite B e contra o tétano. Antecedentes de infecções agudas por uma série de vírus tais como, Epstein Barr, citomegalovirus, HTLV, HIV, e diversos vírus respiratórios têm sido descritos.

Incidência
A incidência anual é de 2-4 casos por 100.000 habitantes na América do Norte.(3) Os padrões epidemiológicos são semelhantes no mundo inteiro.(1,2)

Manifestações clínicas
Dor nos membros inferiores seguida por fraqueza muscular progressiva de distribuição geralmente simétrica e distal que evolui para diminuição ou perda dos movimentos de maneira ascendente com flacidez dos músculos
Perda dos reflexos profundos de início distal, bilateral e simétrico a partir das primeiras horas ou primeiros dias
Sintomas sensitivos: dor neurogênica, queimação e formigamento distal
Pode haver alteração da deglutição devido a acometimento dos nervos cranianos XI, X e IX (relacionados com a deglutição), e paralisia facial por acometimento do VII par craniano (que inerva os músculos da face); a paralisia facial pode ser bilateral

Comprometimento dos centros respiratórios com risco de parada respiratória
Sinais de disfunção do Sistema Nervoso Autônomo traduzidos por variações da pressão arterial (pressão alta ou pressão baixa), aumento da freqüência ou arritmia cardíaca, transpiração, e, em alguns casos, alterações do controle vesical e intestinal

Alteração dos movimentos dos olhos decorrente de acometimento do III, IV e VI nervos cranianos e ataxia cerebelar (déficit de equilíbrio e incoordenação) associada a ptose palpebral (pálpebra caída) e perda dos reflexos sobretudo na variante Miller-Fisher
Assimetria importante da fraqueza muscular ou da perda de movimento, distúrbios graves de sensibilidade e disfunção vesical ou intestinal persistentes induzem questionamentos embora não excluam o diagnóstico

Exames complementares
O exame de líquido cefalorraquidiano (líquido que circula entre o cérebro ou medula e os ossos do crânio ou da coluna respectivamente) demonstra elevação importante da proteína com número de células normal ou próximo do normal a partir da primeira ou segunda semana. Nas infecções do sistema nervoso central (meningoencefalites), um dos diagnósticos diferenciais, a proteína é elevada e o número de células também. Líquido cefalorraquidiano normal não exclui o diagnóstico quando este é feito na primeira semana. O aumento máximo de proteínas no líquido cefalorraquidiano acontece após quatro a seis semanas de início dos sintomas da doença.
A eletrofisiologia ou eletroneuromiografia (exame que mede a atividade elétrica dos músculos e a velocidade de condução dos nervos) demonstra diminuição da velocidade de condução nervosa (sugestiva de perda de mielina) podendo levar várias semanas para as alterações serem definidas.


Tratamento
Na fase aguda, primeiras quatro semanas de início dos sintomas, o tratamento de escolha é a plasmaferese ou a administração intravenosa de imunoglobulinas.

Fase Aguda
Havendo insuficiência respiratória (10 -30% dos casos), o paciente deve permanecer em Unidade de Terapia Intensiva.
Na presença de distúrbios da deglutição, a alimentação deve ser oferecida por uma sonda que vai da boca até o estômago. É necessário o acompanhamento do profissional de Fonoaudiologia para reabilitar e adequar a transição de via alternativa (SNG) para via exclusiva oral. Este profissional pode avaliar quais são as consistências de alimentos seguras sem o risco de broncoaspiração.
Plasmaferese (método no qual todo o sangue é removido do corpo e as células do sangue são separadas do plasma ou parte líquida do sangue, e então, as células do sangue são infundidas no paciente sem o plasma, o que o corpo rapidamente repõe) nas primeiras quatro semanas de evolução da doença para pacientes gravemente envolvidos. Embora seja um dos tratamento de escolha, não se conhece exatamente seu modo de ação, mas acredita-se que seja pela retirada do plasma contendo elementos do sistema imunológico que podem ser tóxicos à mielina.
Altas doses de imunoglobulinas (anticorpos), administradas por via intra-venosa podem diminuir o ataque imunológico ao sistema nervoso. O tratamento com imunoglobulinas pode ser utilizado em substituição à plasmaferese com a vantagem de sua administração ser mais fácil. Não se conhece muito bem o mecanismo de ação deste método.
Posicionamento adequado no leito objetivando prevenir o desenvolvimento de úlceras de pele por pressão ou deformidades articulares.
Movimentação passiva das articulações durante todo o período que precede o início da recuperação funcional para evitar deformidades articulares.
Fase de Recuperação
Reforço da musculatura que tem alguma função.
Órteses leves objetivando favorecer a deambulação na presença de fraqueza distal persistente.
Havendo deficiência motora importante após dois anos do início da doença, o programa de tratamento deve objetivar o maior grau de independência possível na locomoção e nas atividades de vida diária (atividades do dia-a-dia de uma pessoa).
Nessa fase o tratamento fisioterapêutico é indispensável.


Prognóstico
Melhora clínica, eletrofisiológica e funcional acontece, geralmente, até 18 meses após o início da doença. Porém, o espectro clínico da síndrome de Guillain-Barré é muito amplo. A maioria das pessoas acometidas se recuperam em três meses após iniciados os sintomas. A necessidade de ventilação mecânica e a ausência de melhora funcional três semanas após a doença ter atingido o pico máximo são sinais de evolução mais grave.





Origem: Wikipédia


 

publicado por Lumife às 15:07

Novembro 29 2009

A lombalgia, além de ser dolorosa e incómoda, provoca irritação e ansiedade,e em muitas ocasiões, não permite um bom descanso.
Conheça todas as facetas deste problema da zona lombar, as suas causas mais frequentes, a relação com os hábitos posturais e com o tipo de trabalho que realiza.


Factores de risco

Os casos mais comuns em que surge uma lombalgia são os seguintes:

O sedentarismo.
O excesso de peso.
A falta de tonicidade abdominal.
O tabagismo.
Gravidez.
Pessoas que levantam pesos no seu trabalho.
Condutores de camiões, autocarros, táxis, etc.
A obstipação.
As dores intensas durante o período menstrual.
As pessoas muito altas.
A depressão e as emoções ne-gativas contidas.
Carências vitamínicas (grupo B), de oligoelementos e de ácidos gordos ómega 3 e 6.
Tomar analgésicos esteróides.


Lombalgia ou lumbago é a dor na zona inferior do dorso, onde se encontram as vértebras lombares. Esta doença é muito frequente devido à falta de bons hábitos posturais nas nossas actividades quotidianas e no trabalho. Assim se vai acumulando a tensão nas costas, até que no momento mais inesperado, um movimento lesiona algum músculo, nervo, ligamento ou disco entre as vértebras, provocando uma dor paralisante.


As seis caras da lombalgia

Existem diferentes tipos de lombalgia, dependendo do tipo de dor, das estruturas danificadas e do mecanismo da lesão:

1. Aguda ou de esforço:

produz-se de forma repentina ao fazer-se um movimento brusco, ou de rotação - como ao jogar golfe -, de flexão e extensão do tronco ao tentar levantar um objecto de difícil acesso ou pesado, ou ao reagir após tropeçar.

A lesão pode produzir-se em dois tempos, começando com uma dor ligeira sem razão aparente, que desaparece ou que passa por vezes despercebida, mas alguns dias mais tarde aparece um bloqueio, a partir de um movimento simples. As pessoas que dela sofrem devem andar e sentar-se curvadas e com os joelhos dobrados, pois esta postura atenua a dor.

Este tipo de lombalgia provoca dor, rigidez, contracturas musculares e às vezes irradiações para o sacro, abdómen e inclusivamente os órgãos genitais, por compressão nervosa. Quando o disco intervertebral se lesiona, a dor é mais intensa e piora com uma simples tosse, espirro ou gargalhada.

Conselho: movimente-se com cuidado e consciência a todo o momento.

Sabia que?

Flexões perigosas
As posturas de flexão perigosas e as tensões emocionais fazem descair o útero, o que origina uma pressão sobre a bexiga, o recto, o sacro e a púbis, e como há ligamentos e fáscias entre si, pode bloquear o sacro e dar origem a lombalgias e ciáticas.


2. Crónica:

provoca uma dor que pode ser contínua, intermitente ou acentuada em certas posições (sentada, em pé, deitada, em flexão anterior, etc.).

Normalmente, piora à noite, produzindo fadiga, ou pela manhã, ao levantar. Não existe um bloqueio, pois a pessoa que dela sofre consegue andar e movimentar-se com relativa liberdade, e são na realidade as posições estáticas e prolongadas que se tornam intoleráveis.

Em muitas ocasiões, a causa deste tipo de lombalgias é um desequilíbrio de forças na coluna em geral que pode ser provocado por um excesso de peso ou uma postura incorrecta. A degeneração ou lesão residual dos discos intervertebrais e os reumatismos também são causas do lombalgia crónica.

Conselho: não se resigne perante a dor, poderá obter uma solução se encontrar o especialista e o tratamento adequados.


3. Lombociatalgia:

a causa mais frequente da lombociatalgia é a existência de uma hérnia no disco vertebral, de aparecimento brusco nos jovens e lento nas pessoas mais velhas, que comprime as raízes nervosas.

Mas também pode surgir como consequência de fracturas, infecções ou tumores próximos dos nervos.

Provoca uma dor intensa, com espasmos musculares e formigueiros que se iniciam na zona lombar e seguindo o trajecto do ciático vão ao glúteo, face posterior da coxa e parte externa da barriga da perna e do pé, até terminar na ponta dos dedos.
Os sintomas aumentam com o esforço, a tosse, o espirro, o acto de defecar, etc.

Conselho: faça os exames necessários (radiografia, ressonância magnética, etc.) para descartar as causas mais graves.


4. Síndrome da cauda equina:

é um quadro que se caracteriza por uma lombalgia com ciatalgia nas duas pernas, afecções intestinais ou urinárias e dormência em toda a zona genital. É provocada por uma hérnia discal muito grave que deve ser operada o quanto antes para evitar sequelas neurológicas.

5. Emocional:

são as lombalgias que ocorrem sem causa aparente e não seguem nenhum tipo de padrão lógico, pelo que a pessoa que dela padece não sabe identificar claramente o local da dor, nem as situações em que aparece ou desaparece.

A ansiedade, a frustração, a raiva e a tristeza são as emoções que mais frequentemente provocam as lombalgias de origem emocional. Também existe um tipo de lombalgia denominada psicogéna que corresponde à simulada pelas pessoas que procuram alguma forma de compensação emocional ou económica.

Conselho: a maioria das lombalgias tem factores emocionais associados, logo não deixe de procurar uma relação entre o sucedido e o início da dor.


6. Visceral: caracteriza-se por produzir dores enquanto a pessoa está na cama, que a obrigam a levantar-se, em-bora também possam surgir de manhã, ao despertar, e desaparecer ao longo do dia.

Em muitos casos, a causa é uma falta de irrigação sanguínea por pressões viscerais na zona, que piora na posição horizontal mantida durante horas.

Conselho: se se identifica com este tipo de lombalgia, deve acompanhar o tratamento de osteopatia com uma dieta depurativa e desintoxicante.

Sabia que?

Segredo de bailarina
Evite os movimentos bruscos e descontrolados, ao estar mais consciente da sua postura. Assim, ao baixar-se para apa-nhar um objecto do chão ou de uma mesa baixa, faça como uma bailarina: flexione os joelhos e mantenha o dorso o mais direito possível. Seja preciso e delicado.

Vá imediatamente ao médico

Perante qualquer dos seguinte sintomas, acuda o quanto antes a um médico ou especialista, porque um diagnóstico precoce é a chave para um tratamento bem sucedido:

Dor que se intensifica ao tossir ou espirrar e que o desperta durante a noite.
Dor ou inflamação que percorre uma ou as duas pernas.
Dificuldade para controlar a evacuação ou a micção.


Por Debora Taddei


publicado por Lumife às 13:06

Novembro 29 2009

Psoríase

O meu marido sofre de psoríase. Gostaria de saber quais as causas deste problema, qual a probabilidade de a minha filha de cinco anos vir a sofrer do mesmo mal, os principais cuidados a ter e se já existe em Portugal algum tratamento que cure completamente este problema.



A psoríase vulgar é uma doença eritematodescamativa da pele, isto é, traduz-se por manchas encarnadas e descamativas da pele cujos locais mais habituais são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés, podendo disseminar e ocorrer em todo o tegumento.




É uma doença de hereditariedade incompleta, isto é, quem tem a doença teve na família alguém que também sofreu da mesma e terá descendentes que poderão (ou não) vir a sofrer dela.




É uma doença benigna, que se pode agravar com o stress mas que não é contagiosa e que, neste momento, não tem cura, em Portugal ou em qualquer outro país.




Existem muitos tratamentos tópicos e sistémicos para fazer consoante o grau de gravidade.




Também a Fototerapia (exposição a ultravioletas A ou B, que se diferenciam pelo seu comprimento de onda mais longo ou mais curto, respectivamente), que existe nos consultórios de alguns dermatologistas, pode ser uma solução terapêutica, uma vez que o sol melhora muitas as psoríases.




Fala-se, neste momento, em terapêuticas biológicas que são caras e que, no nosso país, são apenas usadas em tratamento hospitalar (estatal) e que devem ser feitas aos doentes cuja psoríase seja tão limitativa e dolorosa (lesões extensas, secura marcada e artropatia), tendo efeitos secundários de certa gravidade e obrigando a um controle médico mais apertado.




Acredito que através dela estejamos mais perto da cura do que alguma vez antes.



Dr. Fernando Guerra -Dermatologista


Nasceu na capital, onde se formou em Medicina. É médico dermatologista, responsável pela Epilaser, Clínica de Dermatologia e Laser. Foi assistente hospitalar graduado dos Hospitais Civis de Lisboa, lugar que abandonou para se dedicar à clínica privada. É sócio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e fundador do Grupo Português de Dermatologia Cosmética e Estética. Sócio da Academia Americana de Dermatologia, pertenceu durante seis anos ao Colégio de Dermatologia e Venereologia da Ordem dos Médicos e foi sócio fundador da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia.

(in Saber Viver)

publicado por Lumife às 13:04

Setembro 29 2009

 

 

 

 

Astenia Sexual

Definição: ausência ou diminuição do desejo sexual, redução da libido, desinteresse pelas relações sexuais.
Deve ter-se em atenção que a redução da libido pode ser devida à toma de certos medicamentos: neurolépticos, anti-depressivos, digitálicos, certos hipotensores, a quimioterapia, etc.


Terapia nutricional

Aumentar o consumo de: pistacho, peixe, ovos, ostras, uvas secas, trigo germinado, soja germinada, tâmaras, cenouras, aipo, ginseng ou eleuterococos, pólen, levedura de cerveja, sumos de rebentos jovens de cereais, sumo de aipo, clorofila.

É também aconselhável uma preparação árabe para a actividade sexual: noz-moscada, galanga, cravinho, pimenta, cardomomo, piretro, flores de goivo.

Em quantidades iguais, moídos em conjunto. Fazer uma infusão com o pó obtido e adoçar com mel.

Evitar: café, álcool, trigo, açucares, doces, fritos, panados e conservas.

Higiene

Massajar o baixo-ventre com a seguinte mistura: 50% erva-das-verrugas, 25% jasmim e 25% de silindra ou óleo de amêndoas doces mais Óleo essêncial de Santalum.


Exercícios de Qi-Gong para a sexualidade.

Aromaterapia

Ylang-ylang (Cananga odorata) e coriandro (Coriandrum sativum)

Fitoterapia

Salsaparrilha, branca-ursina, gengibre, quina, cravinho, aipo (sementes).
Catuaba (Juniperus brasiliensis), maca (Lepidium perivianum)

Pansinystalia yomimbe: a yohimbina, um alcalóide extraído da casca desta árvore oriunda dos Camarões, é muito conhecida pela sua acção tónica e mesmo afrodisíaca.

Epimedium grandiflorum (planta chinesa), casca da Ptychopetalum olacoides ou de Abuta grandifolia, Richeria grandis, Afromamum (planta selvagem africana).

Oligoterapia

Zinco, uma dose de manhã, ao despertar.

Homeopatia

Para ela: R20 (Reckeweg), 20 gotas duas vezes ao dia, gotas glandulares para a mulher.

Para ele: R41 (Reckeweg), 15 gotas três vezes ao dia, contra a astenia sexual


Outras terapias:

Cronobiologia de acordo com Tao: o Taoísmo é uma das mais antigas ideologias. Originário da China, aplica-se segundo os princípios da alimentação, do exercício, a cura, a sexualidade, etc.


Os taoistas acreditam que certos órgãos são estimulados a horas específicas. Será então preferível escolher as horas em que se pratica o acto sexual de acordo com as patologias de que cada pessoa sofre, como por exemplo:

- Úlcera do estômago: fazer amor entre as 7 e as 9 da manhã;
- Problemas cardíacos: optar pela altura entre as 11 e as 13 horas;
- Quem é sujeito a crises de fígado, fazer amor por volta da 1 hora da manhã.


Produtos afrodisíacos

Terapia nutricional

Certos frutos: pêssego, romã (símbolo da fertilidade), damasco (fruto de Vénus). Pimentos, espargos, aipo.

Ostras, crustácios, especiarias, canela, trufas (Tuber), shilajit (remédio ayurvédico rico em ácidos fúlvicos na forma natural).

Chocolate (poder excitante graças à teobromina). Damiana (Turnera diffusa var.aphrodisiaca).

Evitar beber cerveja, eliminar os molhos e as gorduras difíceis de digerir, os panados e os fritos.

Higiene

Banhos de assentos frios.
Massagem no baixo-ventre com tintura de Bourse pasteurizada.

Aromaterapia

Ylang-ylang (Cananga odorata) e coriandro (Coriandrum sativum)

Fitoterapia

Infusões de: feno-grego (árabe), eruca (romano), ylang-ylang (Cananga odorata), Schisandra chinensis, ginseng (chinês), eleuterococos (russos), segurelha (Europa ocidental), catuaba (Erythroxylum Catuaba) (sul-americana), muirapuana (sul-americana), maca (Lepidium peruvianum walp., ginseng peruano), guaraná, yohimba (Camarões), Epimedium grandiflorum (“erva-do-bode”, japonesa), feijão aveludado (Mucuna pruriens).

Outras plantas estimulantes: asa-fétida, lentisco, erva-ursina espôndilo, hipericão, baunilha, gengibre, salsaparrilha, galanga (de acordo com São Hildegarde), Griffonia (que também é anti-diurética, anti-vómitos, e anti-séptica), Bois Bandé(5 gramas da casca maceradas num copo de água durante cerca de duas horas, manga, gengibre, manga verde, pimento vermelho forte.

Farmacopeia ayurvédica: Ashwaganda (Withania somnifera).

Por: Jean Claude Rodet

 

publicado por Lumife às 16:34

Setembro 08 2009

 

 

Ginecologia e gravidez

Tudo o que precisa de saber antes de engravidar


Quando um casal decide ter um filho são muitas as dúvidas que se levantam. Desafiámos um especialista a responder às questões que mais a preocupam. Para que fique completamente esclarecida!

Contracepção, sexualidade, maternidade ou a simples acção das hormonas são alguns dos temas que podem surgir numa consulta de Ginecologia.

Apontar as questões a colocar antes de entrar no consultório é uma das regras a seguir para ter a certeza de que não se esquece de esclarecer nada. Mas, a verdade é que nem sempre chega a fazer todas as perguntas, seja por falta de tempo, de lembrança ou até por pensar que algumas das suas dúvidas podem parecer um pouco ridículas. Não se preocupe.

A saber viver reuniu as principais questões relacionadas com saúde feminina e, em conversa com Fernando Cirurgião, ginecologista, encontrou a resposta para cada uma delas:



1. Em que idade deve ser feita a primeira consulta de ginecologia?

A primeira consulta poderá apenas ser de esclarecimento de dúvidas, sobre o funcionamento do aparelho reprodutor, os métodos contraceptivos e a necessidade do preservativo como única forma de prevenir das doenças sexualmente transmissíveis. Pode acontecer durante a adolescência e é fundamental antes do início da vida sexual. Se tal não acontecer, é imprescindível realizá-la logo após a primeira relação sexual.



2. Com que regularidade se deve consultar um ginecologista?

Como rotina, uma vez por ano.


3. Para que serve o exame de Papanicolau?

Descrito por um médico com este nome há quase 60 anos, este exame tem como objectivo o rastreio do cancro do colo do útero. É realizado durante o exame ginecológico e deve ser feito anualmente.



4. A menstruação irregular pode ser indício de problema de saúde?

Os ciclos menstruais regulares traduzem um adequado funcionamento do aparelho reprodutor. A menstruação pressupõe que tenha ocorrido uma ovulação, sendo irregular pode deduzir-se que as ovulações não estão a acontecer na altura devida, o que pode comprometer a fertilidade.

Factores externos, emocionais, profissionais ou alterações do peso corporal podem estar na origem desta mudança. Os ovários poliquísticos são outra situação comum, mais frequente na adolescência e que se pode prolongar na idade fértil em que, conjuntamente com as irregularidades menstruais e dificuldade em engravidar, podem coexistir o peso excessivo, pilosidade e alterações na pele (oleosidade e acne).



5. O que pode provocar dor na relação sexual?

A dispareunia, dor no acto sexual, divide-se em superficial e profunda. A primeira localiza-se à entrada da vagina e levanta a suspeita de uma infecção ginecológica vulvovaginal, como a causada pelo fungo candida albicans.

Já a dor profunda pode dever-se à posição durante o acto sexual, a aderências entre os órgãos internos, como acontece após cirurgias abdominais ou como complicação de doenças inflamatórias pélvicas, e também a uma infecção pélvica aguda. Trata-se de um sintoma que justifica uma consulta de Ginecologia com a maior brevidade.

Há ainda outra patologia, nem sempre fácil de diagnosticar, a endometriose, cujas manifestações podem incluir dores espontâneas, durante as relações, e muito intensas na menstruação, bem como uma maior dificuldade em engravidar.


6. É normal a mulher ter corrimento vaginal?

O corrimento vaginal é normal e necessário, por exemplo durante o acto sexual. Habitualmente é transparente e tem um odor natural, já que as glândulas que o produzem são idênticas às do suor.

Quando associado a comichão, ardor, dor durante as relações, cor (branco grumoso, amarelo, esverdeado ou acinzentado) poderemos pensar que existe uma infecção. Esta pode localizar-se na vulva e vagina (vulvovaginite) ou ser mais grave, com origem no colo do útero (cervicite), no útero (endometrite) ou trompas (salpingite).



7. Que cuidados deve ter quem pretende engravidar?

Ir a uma consulta de Ginecologia para esclarecimento de dúvidas e iniciar um suplemento vitamínico de ácido fólico, fundamental ao desenvolvimento do sistema nervoso do futuro bebé e comprovado na prevenção da espinha bífida. Seguramente que lhe irão ser pedidos exames laboratoriais, entre os quais a colpocitologia, a tipagem sanguínea, análises de carácter geral e outras específicas para o rastreio de doenças infecciosas que poderiam interferir no desenvolvimento do bebé, nomeadamente o rastreio de rubéola, toxoplasmose, hepatites B e C, sífilis, VIH e citomegalovírus.



8. Usar pensos diários é prejudicial?

O uso de pensos diários facilita o desequilíbrio da flora vaginal com o crescimento dos microrganismos como os fungos que se dão bem nos ambientes quentes, húmidos e pouco arejados.


9. É verdade que os produtos de higiene íntima podem também ser prejudiciais?

Depende. Devem ser evitados os produtos perfumados. Aqueles considerados específicos, que respeitam o pH vaginal, que é ácido ao contrário da pele, podem ser usados diariamente.



10. O que são ovários micro-poliquísticos e que repercussões têm na saúde ou fertilidade?

Nesta situação, os ovários estão ligeiramente aumentados e a sua cápsula é mais fibrosa, o que também dificulta as ovulações. Esta descrição é ecográfica em que os ovários apresentam uma série de folículos, os percursores dos óvulos, à periferia. Habitualmente é associado a alterações hormonais e físicas.

É comum excesso de peso, alterações na pele (acne) e um aumento na pilosidade. A dificuldade em engravidar pode estar associada e deve-se à irregularidade nas ovulações.



11. A vacina contra o cancro do colo do útero também traz benefícios a mulheres adultas sexualmente activas?

O efeito preventivo do cancro do colo do útero existe para além dos 26 anos. Esta idade, teoricamente limite, havia sido falada porque os estudos iniciais só contemplavam mulheres entre os nove e os 26 anos. Entretanto, já foi alargado o âmbito dos mesmos e existe um efeito protector na prevenção da infecção pelos tipos de vírus HPV mais cancerígenos mesmo na faixa dos 40 anos.


12. Como pode ser feita a prevenção do cancro do colo do útero?

Deve-se realizar uma vigilância ginecológica regular, anual, com colpocitologias também anuais. E evitar fumar. O cancro do colo não é hereditário, é adquirido, e por detrás está um vírus, o HPV, cuja transmissão, ainda que não exclusiva, é essencialmente sexual pelo que para a sua prevenção só mesmo o uso de preservativo. Actualmente a vacina conseguirá prevenir mais de 2/3 dos casos de cancro do colo do útero.



13. Em relação ao cancro da mama que cuidados preventivos podemos ter?

Sob o ponto de vista geral, é tido que a gravidez e o amamentar têm um efeito protector. Deve fazer o auto-exame da mama mensalmente após a menstruação. Pode fazê-lo no banho (com a mão ensaboada é mais fácil deslizar ao longo da mama e axila para perceber se há diferenças comparativamente ao mês anterior).

A mamografia complementada com a ecografia deve ser pensada a partir dos 35 anos, ou antes se houver factores de risco como os antecedentes familiares. Entre os 35 e os 40 anos é feito um primeiro exame e após os 40 é feito de dois em dois anos.



14. Quando se deve realizar uma mamografia? É perigoso para a saúde?

Para além dos critérios de rastreio antes mencionados, pode justificar-se perante um exame clínico suspeito como a descoberta de um nódulo mamário. Apesar de ser um exame radiológico, mesmo feito anualmente, não traz nenhum risco acrescido.


15. Com que frequência deve ser revisto o método contraceptivo?

Havendo uma boa adaptação não há necessidade de mudança. A periodicidade das consultas anuais poderá ser mantida, com excepção do uso do DIU (dispositivo intrauterino) que passa a ser semestral. A mudança da pílula poderá ser recomendável se, para além do efeito contraceptivo, se justificar outros benefícios que algumas pílulas têm, nomeadamente a nível da pele, cabelo ou para debelar os sintomas da síndrome pré-menstrual.



16. A toma da pílula aumenta o risco de cancro da mama e afecta a fertilidade?

A pílula exerce um efeito protector quanto à patologia benigna da mama (quistos). Quanto ao cancro não se sabe, mas é aconselhável não ultrapassar os 15 anos de toma contínua.

A fertilidade não é afectada, o que acontece é que a capacidade fértil da mulher reduz-se com o passar do tempo e, enquanto está a tomar a pílula, os ciclos menstruais estão regulares de uma forma artificial e, se porventura quando a iniciou também tinha como objectivo regular a menstruação, quando a suspender tudo volta ao mesmo.



17. Que contraceptivo recomenda a uma mulher que não pretende usar um método hormonal?

As alternativas são poucas. Como método definitivo e considerado irreversível existe a laqueação de trompas. Em mulheres que pensem numa solução a médio-longo prazo, o dispositivo intrauterino (DIU) pode ser uma boa opção, já que a sua eficácia prolonga-se até aos cinco anos e pode ser retirado em qualquer altura.



18. É verdade que o DIU não deve ser usado por quem ainda não teve filhos?

Não é recomendável o seu uso por quem ainda não teve filhos. O DIU é um corpo estranho que fica colocado dentro do útero. Ainda que os riscos de infecção estejam mais relacionados com os cuidados higiénicos na altura da colocação, não deixa de causar uma reacção inflamatória local, já que é por este mecanismo que ele exerce o seu efeito contraceptivo.

Não vai modificar o padrão menstrual da mulher, ou seja, se era irregular continuará a ser e, por fim, espera-se um pouco mais de fluxo menstrual. Há um DIU que tem uma impregnação hormonal cuja libertação é exclusivamente intrauterina, o que o torna um método atractivo, porque acaba por ter as vantagens da pílula (redução do fluxo menstrual, dores).



19. O que marca o início da menopausa e quando é considerada precoce?

A instabilidade hormonal pela claudicação dos ovários pode começar até dez anos antes do desaparecimento das menstruações, manifestando-se pelas irregularidades menstruais e afrontamentos. O desaparecimento da menstruação antes dos 45 anos deve ser estudado pois considera-se uma menopausa precoce.



20. Quando é indicada a terapia hormonal de substituição (THSTHSTHS)? O risco de cancro é real?

A THS deve ser considerada em todas as mulheres na peri e pós-menopausa, desde que não existam contra-indicações. Beneficia todos os órgãos e sistemas (pele, sistema nervoso, cardiovascular, urogenital).

O risco de cancro da mama, que não se alterou, mantém-se ligeiramente mais elevado do que a população em geral só após sete anos de terapêutica hormonal, sabendo-se que nesse período não se verifica um risco acrescido e mesmo depois, não havendo alterações na mamografia, não haverá razões para interromper. As alternativas, como os fitoestrogénios, alguns apresentam resultados nos afrontamentos.

Texto: Manuela Vasconcelos com Fernando Cirurgião (ginecologista)



publicado por Lumife às 14:17

Agosto 16 2009

 

 

 

Damos-lhe algumas dicas para manter a saúde nas férias, sem esquecer alguns conselhos quanto à Gripe A.

Não é novidade para ninguém que as férias fazem bem à saúde – pelo menos, aliviam o stress. Mas convém gozá-las em segurança, adoptando alguns cuidados. Que devem ser redobrados, claro, se viajar para o estrangeiro. Damos-lhe algumas dicas, para que tenha saúde nas férias – não esquecendo os conselhos quanto à Gripe A…

Cuidados básicos

Se gozar as suas férias longe de casa – quer seja em Portugal ou no estrangeiro – um pequeno kit de farmácia deve ser um companheiro indispensável de viagem. Claro que, se sofrer de alguma doença crónica, deve fazer-se acompanhar dos medicamentos de toma habitual, mas há outros produtos (que, normalmente, não necessitam de receita médica) que podem ser necessários. Assim, sugerimos que transporte consigo:

- Medicamentos para as náuseas e vómitos

- Um antidiarreico e um laxante

- Um antipirético e um analgésico

- Produtos de prevenção e tratamento das picadas de insectos

- Alguns artigos de primeiros socorros, como uma tesoura, adesivo, pensos, ligadura, gaze, água oxigenada

- Um termómetro

- Um creme calmante contra as irritações e as queimaduras solares

- E, claro, cremes de protecção solar

Tenha atenção ao facto de que alguns medicamentos que se tomam ou produtos que se aplicam na pele sofrem alterações quando nos expomos ao sol. Podem ocorrer reacções alérgicas, pelo que se deve informar junto do seu farmacêutico.


Ainda em relação ao astro-rei, nunca é de mais aconselhar medidas que já todos sabemos, mas que, por vezes, tardamos em adoptar. Assim, o Ministério da Saúde recomenda:

- Evitar a exposição solar entre as 11 e as 16 horas

- Proteger os bebés com menos de um ano de idade, que não devem ser expostos ao sol

- Usar sempre protector solar com um índice adequado à idade e ao tipo de pele de preferência superior a 30

Por outro lado, tenha especial atenção ao que come. «As intoxicações alimentares são uma situação frequente no Verão, pois «o calor pode favorecer a proliferação de microorganismos nos alimentos». Por isso, os conselhos do Ministério da Saúde (que se podem aplicar ao longo de toda a época, e não só durante as férias) vão no sentido de:

- Consumir preferencialmente alimentos frescos e cozinhados na hora, e no caso de haver dúvidas sobre a proveniência dos mesmos não os consumir

- Lavar bem os alimentos e não deixar fora do frigorífico aqueles que devem ser refrigerados

- Lavar bem as mãos antes e depois de manusear alimentos, e ter o mesmo cuidado com os utensílios utilizados na sua preparação

- Respeitar os prazos de validade dos produtos e acondicionar correctamente os alimentos

Claro que outros conselhos básicos de umas férias em segurança passam por evitar «refeições pesadas e a ingestão de bebidas alcoólicas», «aumentar a ingestão de líquidos (água ou sumos de fruta naturais, sem adição de açúcar)», bem como, «após uma refeição, aguardar três horas» antes de dar os apetecíveis mergulhos na praia ou na piscina… Sem esquecer que, além disso, se deve «respeitar as bandeiras das praias e as indicações dos nadadores-salvadores» – «opte sempre por frequentar praias devidamente vigiadas».


Vai para fora?

Sempre que pretende viajar para fora da Europa deve dirigir-se a uma consulta de saúde do viajante. Efectuadas por médicos especialistas em doenças infecciosas e em medicina tropicais, servem para aconselhar as medidas preventivas a adoptar antes, durante e depois da viagem, que incluem a «vacinação, medicação preventiva da malária, informação sobre higiene individual, cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem, e outros aspectos para que deve estar alerta quando viaja», informa o portal do Ministério da Saúde.

Nessa consulta, «também lhe podem ser fornecidas informações sobre a assistência médica e segurança no país de destino e aconselhamento sobre a farmácia» que deve levar consigo. Por outro lado, serve para avaliar as «condições de saúde do viajante, nomeadamente grávidas, crianças, idosos, indivíduos com doenças crónicas sob medicação, entre outros».

A vacinação é um aspecto importante da consulta de saúde do viajante. O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre amarela, mas alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças (como a febre tifóide, ou a meningite meningocócica). Outras vacinas podem ser recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dependendo do local para onde for.

Informe-se; há consultas de saúde do viajante e centros de vacinação internacional espalhados por todo o país .


Indo para fora da União Europeia, o mais provável é que a sua viagem se faça de avião. Ora, para reduzir o desconforto provocado por esse meio, aconselham-se algumas medidas:

- Ingerir bastantes líquidos e evitar bebidas alcoólicas (a pressurização e o sistema de renovação do ar deixam a humidade num nível muito baixo, o que pode fazer com que as pessoas fiquem com boca, nariz, olhos e garganta secos)

- Para prevenir dor ou o entupimento dos ouvidos – comuns durante a descolagem ou aterragem –, abrir e fechar a boca repetidamente durante essas alturas, ou bocejar ou mascar pastilha elástica

- Para prevenir náuseas e enjoos (para além de consultar previamente um médico, que lhe recomendará alguma medicação), deve-se, se possível, escolher um lugar no avião que fique antes da asa, bem como evitar ler, comer pouco, direccionar a ventilação do ar para a face

- Para prevenir o inchaço nas pernas (problema que pode ser mais intenso em pessoas com varizes ou insuficiência cardíaca), um dos recursos disponíveis é o uso de meias elásticas, bem como fazer alguns movimentos de compressão e relaxamento da musculatura e andar um pouco durante o voo.

Porém, mesmo adoptando estas e outras medidas preventivas, é possível que o jet lag - um estado de desequilíbrio entre o ritmo biológico do organismo e os indicadores externos ambientais que normalmente lhe servem de referência, causado pelas viagens de avião em direcção a leste ou a oeste - se instale no destino.

Os sintomas do jet lag mais comuns são sonolência, falta de atenção, irritabilidade e alterações do hábito intestinal, e são mais acentuados quando a diferença de horário entre o ponto de partida e o destino é superior a quatro horas.

No entanto, pode tentar evitar o jet lag, ainda antes do embarque. Calcule os horários nos quais deveria estar a almoçar e jantar no país de destino, e passe, na medida do possível, a tentar seguir essa rotina. Outra dica é tentar marcar a viagem de modo a que o desembarque se faça durante o dia, para poder começar a adaptação ao fotoperíodo (tempo ao qual o corpo fica exposto à luz natural) o mais rápido possível.


E, claro, atenção à Gripe A

O mundo está a viver uma pandemia de Gripe A (H1N1). Apesar de, até à data, a doença manifestar uma baixa virulência, e de a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) referirem que não há restrições oficiais relativamente às deslocações das pessoas entre países, a Direcção-Geral da Saúde deixa algumas recomendações para quem vai viajar.

O organismo aconselha, às pessoas que tenham doenças crónicas, que consultem o seu médico antes de viajar. Todos as outras – adultos e crianças – devem adoptar as seguintes medidas de prevenção, durante a viagem e estadia:

- Evitar o contacto com pessoas doentes

- Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou toalhetes com solução de álcool

- Evitar tocar com as mãos nos olhos, nariz e boca

- Cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel, sempre que possível, e deitando-o no lixo de seguida

- Limpar as superfícies sujeitas a contacto manual (como maçanetas das portas e corrimãos), com um produto de limpeza comum

A Direcção-Geral da Saúde recomenda que, «se ficar doente, permaneça no hotel ou em casa e consulte o médico, se necessário», desaconselhando veementemente a auto-medicação. «Se apresentar sintomas de gripe (febre alta de início súbito e tosse, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça, dificuldade respiratória ou diarreia), dentro dos sete dias após o regresso, ou se tiver tido contacto próximo com pessoas apresentando sintomas de gripe, deve permanecer em casa, ligar para Linha Saúde 24: 808 24 24 24 e seguir as instruções que lhes forem dadas».

Boas férias!

Seguindo as recomendações que passámos em revista, bem como outras que poderão ser dadas na consulta de medicina do viajante – caso vá para um destino para fora da Europa, nomeadamente exótico –, certamente poderá gozar umas férias em segurança e com saúde.

E aproveite-as: liberte-se do stress, conviva muito, pratique as actividades de lazer de que mais gostar, e sairá revigorado(a) para… mais um ano de trabalho…!

Texto: Ana João Fernandes

Revisão científica: Dr. Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG)




publicado por Lumife às 11:22

Agosto 02 2009

A propósito do Dia Mundial do Orgasmo, assinalado a 31 de Julho, tivemos uma conversa franca e aberta com a sexóloga Marta Crawford. A entrevista começou pelo fim – pelo orgasmo –, mas deslizou para outros temas dentro da sexualidade. Sem tabus, claro.

Como se pode definir o orgasmo?

O orgasmo é uma sensação subjectiva de prazer, que ocorre através de uma estimulação, feita quer a dois, quer individualmente. Basicamente, no momento do orgasmo, há uma transformação fisiológica e física: no homem, através da ejaculação (apesar de esta não ser sinónimo de orgasmo); e, na mulher, através de todas as contracções que tem no aparelho reprodutor.

Os franceses dizem que é um momento de “quase morte”; é um momento de escape, de êxtase, que faz com que as pessoas possam até perder o sentido da realidade. Mas se, mecanicamente, o orgasmo não é difícil de obter, porque os corpos reagem a uma estimulação, a sua qualidade a nível psicológico depende da qualidade de uma relação a dois. O ideal é a conjugação entre o plano físico e o psicológico.


Diz que, mecanicamente, o orgasmo não é difícil de atingir. Mas há muitos casos de mulheres sexualmente activas que têm dificuldades…

Sim, casos de anorgasmia. Existem muitas mulheres que não conseguem, têm dificuldade em atingir o orgasmo. Mas muitas são mulheres que nunca se estimularam, nunca se masturbaram. São mulheres muito contidas que receberam uma educação muito fechada, muito púdica, ou que têm pouco à-vontade com o seu próprio corpo, que nunca observaram os seus genitais. E não estou a falar de mulheres mais velhas, estou a falar de mulheres de todas as idades.

A maior parte das mulheres que sofrem de anorgasmia têm um historial de não masturbação, de alguma vergonha com o corpo, e muitas delas, por exemplo, racionalizam muito a relação e não se conseguem deixar ir; são espectadoras da própria relação. Mas a terapia existe e normalmente funciona, porque ajuda a mulher a descobrir o seu próprio corpo, a centrar-se em si, aprender a deixar-se ir. Passado algum tempo, normalmente conseguem começar a ter orgasmos, não só individualmente, como também a dois.


Antigamente dizia-se que a masturbação fazia mal. Agora, pergunto: a masturbação faz bem?

Sim. Ao contrário daquilo que se pensava anteriormente, a masturbação tem uma série de benefícios. Hoje em dia, é muitas vezes uma das indicações em termos de terapia. Nos casos de anorgasmia, sugerimos que a mulher passe a tocar-se, a descobrir o seu próprio corpo, sempre dependendo da pessoa e do tipo de ideia que tem sobre a própria sexualidade.

Mas, no fundo, em termos de benefícios para a saúde, a masturbação, como o sexo, reduz o stress; liberta a tensão sexual; promove o prazer sexual e íntimo; alivia as dores sexuais em muitas mulheres; melhora a qualidade do sono; aumenta o fluxo sanguíneo em toda a zona genital; fortalece a tonicidade muscular de toda a zona pélvica e anal, reduzindo, de alguma forma, as hipóteses de incontinência urinária; estimula a produção de endorfinas, criando uma sensação de bem-estar; melhora a auto-estima…

Enfim, em termos gerais, a masturbação é uma coisa boa, e ajuda de facto no tratamento de certas disfunções sexuais. Claro que se um homem ou uma mulher passa a recorrer à masturbação porque tem dificuldades na relação a dois, ou exagera na sua frequência, aí torna-se um problema, que deve ser resolvido. Mas, em termos gerais, é uma coisa positiva.


Há a ideia de que existem dois tipos de orgasmo feminino: aquele que tem a ver com a estimulação do clítoris, e o que tem a ver com a penetração. Freud dizia que a mulher que não conseguisse atingir o orgasmo simplesmente através da penetração era imatura sexualmente. Ainda há mal-entendidos ou preconceitos em relação a isso?

Sim, vêm mulheres ao meu consultório porque se queixam de que não têm orgasmo, mas, depois, quando começo a perguntar se nunca tiveram, às vezes dizem que têm, mas através da masturbação ou de sexo oral... Mas, mesmo assim, acham que não têm orgasmo porque não o atingem através da penetração. No entanto, não há nada de errado com as mulheres que normalmente só obtém o orgasmo através de estimulação externa. Aliás, 80 e tal por cento das mulheres consegue o orgasmo precisamente desse modo, porque o clítoris tem uma série de terminações nervosas. São raras as mulheres que não têm prazer com a estimulação do clítoris.

O problema é que, como há a ideia de que sexo é uma relação coital, logo, toda a gente deseja atingir o orgasmo através da penetração. Só que para o homem, de facto, é mais fácil, porque a penetração é muito estimulante para ele: a humidade, o calor da vagina, os movimentos de “vai e vem” ajudam a estimular, porque o pénis, a zona da glande, tem muitas terminações nervosas e por isso mesmo está a ser totalmente estimulado com a penetração.

Mas, no caso feminino, estando essas terminações nervosas no exterior, por muitos movimentos que o homem possa fazer, se não houver estimulação exterior, então é insuficiente. Eu costumo dizer que o pénis, por si só, não faz tudo. Só que os homens ainda não perceberam isso.

Mas a mulher também tem responsabilidade…

Tem, tem. Mas muitas vezes, de facto, também tem a ideia de que tem um problema. Mas se a relação sexual é muito rápida, ou muito dirigida só para a área genital, ou se não há preliminares, se não há envolvimento, obviamente é difícil atingir o orgasmo.



Para além da dificuldade em atingir o orgasmo, que outras disfunções sexuais são mais comuns?

A minha percepção empírica é que a falta de desejo feminino é muito comum. O vaginismo – a dificuldade em ter uma relação de penetração – também. No caso masculino, pedem-me ajuda homens com problemas a nível da ejaculação prematura, mas também começa a ser frequente eles terem falta de desejo.

Tudo é, de algum modo, tratável?

As situações de desajuste surgem muito em função de problemas individuais, ou da relação com outra pessoa, ou de situações que têm a ver com o passado, e que influenciam de alguma forma o presente. Trabalhando essas situações, sejam elas questões da infância, da juventude, do último relacionamento, traumas sexuais, preconceitos, é possível melhorar a vivência da sexualidade. Em relação a um casal em que a mulher tem falta de desejo sexual, tem de se avaliar o que se passa. E muitas vezes através da terapia, o casal até descobre de que, apesar de estarem há muito tempo juntos, podem viver a sexualidade com prazer. Em termos de terapia, há que pôr o casal numa postura diferente, quase que num recomeçar muito sensorial, e normalmente funciona bastante bem.

As terapias normalmente têm seis a sete fases; passam por uma fase muito sensorial, em que o terapeuta dá uma série de recomendações ao casal, e cria também obstáculos. Por exemplo, no início, o casal não pode ter uma relação coital, não pode tocar-se nos sítios mais óbvios, mais sexuais, mas tem de ter sessões de intimidade três a quatro vezes por semana. Depois, de 15 em 15 dias voltam ao terapeuta; nós vamos avaliando como as coisas correram, vamos acrescentando mais passos, e vai-se evoluindo até ao ponto em que já é possível haver relação coital.

Mas, no fundo, a ideia é descobrirem-se, redescobrirem-se, baixar tudo o que tem a ver com a ansiedade coital, questões relacionadas com a penetração, tentar elevar o desejo através dos impedimentos, tentar de facto voltar a estar quase no início de uma relação, em que as pessoas são muito mais afectuosas umas com as outras, muito mais atentas, tocam muito mais. Às vezes, na terapia trabalhamos questões tão simples como a partilha das tarefas domésticas, os horários. Apesar de ser uma terapia sexual, às vezes falamos de questões como as famílias de origem, os avós ou os pais que se metem muito, a gestão dos filhos. Questões relacionadas com a auto-estima, com o próprio corpo, com a auto-imagem, com a auto-confiança, tudo isso, consoante a situação, é trabalhado de uma forma terapêutica, porque tudo tem a ver indirectamente com a sexualidade.



Para finalizar, deixe-nos um conselho para uma vida sexual mais satisfatória.

Há muitas medidas que se pode aconselhar, mas, basicamente, a primeira é saber falar sobre o assunto. Se o casal tem receio ou vergonha de falar sobre as suas necessidades, do que gosta e desgosta, se não tem à-vontade para falar sobre as fantasias, obviamente a relação começa a morrer, porque começa-se a ir para a relação sexual, não como uma coisa boa, mas como uma coisa que tem que ser. A maior parte dos casais que me procura é porque a sua sexualidade tomou uma certa rotina, uma certa insatisfação, e uma das coisas que tento ensinar é o aprender a ouvir. E não ter pressa. Porque a sexualidade não tem que ser vivida com pressa. Tudo bem que existem rapidinhas, que são uma coisa boa de vez em quando, mas se a vida sexual se transforma no dia-a-dia numa rapidinha, obviamente deixa de conseguir ter prazer.

A mulher leva muito mais tempo a ficar excitada que o homem (dependendo da idade); se não houver a capacidade de estimular devidamente, se houver pressa, se o homem se encaminha logo para os genitais e para as mamas da mulher, se não há capacidade de tocar, de descobrir o corpo um do outro e avançar lentamente, sem ter a obrigação de fazer uma espécie de menu sexual, em que tudo tem que acontecer, e acontecer tudo da mesma forma, obviamente ao fim de algum tempo, isso produz uma certa insatisfação.

É preciso comunicar, saber ouvir bem as necessidades do outro. A ajuda basicamente passa por isso. A conversação leva a que possamos melhorar qualquer envolvimento sexual. E, em última instância, se já se optou por uma série de técnicas, de tentativas para melhorar a relação e se vê que não é possível melhorar, então há que procurar os técnicos dentro da área da sexologia, que podem orientar o casal no sentido de ter uma vida sexual satisfatória.

E uma vida sexual satisfatória passa certamente por não viver concentrado(a) na busca do orgasmo…

Sim. Se os casais estão concentrados na obtenção do orgasmo, na obtenção rápida do orgasmo, não usufruem do bom que é o relacionamento sexual: a vivência, o olhar, o beijar, o tocar, o cheirar, tudo o que tem a ver com as sensações. Hoje é quase tudo orientado para se ir à caça do orgasmo, mas o que é certo é que é preciso saber viver a sexualidade, aí é que se diferencia a qualidade do orgasmo. Há casais que já não se beijam de língua, já não se olham nos olhos durante o acto sexual! Quando isso acontece, até se pode conseguir atingir um orgasmo – porque mecanicamente, como disse, não é muito difícil – mas psicologicamente será um orgasmo de segunda. E para quê ter um orgasmo de segunda quando se pode viver um de primeira…?


Texto: Ana João Fernandes

 

 

 

 

 

 

publicado por Lumife às 18:27

Julho 16 2009

O que deve fazer para a combater

Trata-se da acumulação de líquido que passa das veias para exterior (espaço intercelular) e provoca inchaço na zona afectada.

A retenção de líquidos é um transtorno metabólico que consiste na acumulação de água no organismo, normalmente nas pernas, abdómen ou mãos, provocando inchaço (edema).

Esta manifesta-se quando o nível de líquidos ultrapassa os 75%.

Causas
Deve-se a um desequilíbrio no sistema hormonal que regula o nível de líquido no corpo. Pode ser causado por excesso de sal na alimentação, défice de proteínas (as proteínas fazem com que o fígado produza albumina, uma substância que evita a acumulação de líquidos), ou pela escassez de nutrientes (vitaminas C e B6, magnésio, potássio e ácidos gordos ómega-3 e ómega-6).

Sintomas
Inchaço, cãibras, fraqueza, palpitações e mal-estar. Também pode ocorrer queda de cabelo, alergias, unhas quebradiças e tónus muscular debilitado.

Tratamento
Aconselha-se uma mudança dos hábitos alimentares, com uma dieta rica em proteínas (aves, peixes e legumes), frutos secos, verduras e frutas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De quem é a culpa?

Cuidado com o sal. Muita da culpa do excesso de sal (sódio) na comida cabe à fast food, aos alimentos
pré-cozinhados, ao queijo, aos snacks e aos enchidos. Tente evitá-los e escolha os que têm pouco sal.

O desequilíbrio hormonal que provoca a retenção de líquidos também pode ser produzido por doenças cardiovasculares, gravidez, síndrome pré-menstrual, alterações no fígado ou nos rins e alguns fármacos. Por isso, é importante que seja o médico a determinar qual o melhor tratamento a seguir.


 

 

 

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da revista

 

publicado por Lumife às 11:08

Junho 21 2009

 

 

 

Dermatite Atópica

Abir+imagem: dermatite.jpg A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, diz respeito a um distúrbio pruriginoso e inflamatório da pele que ocorre principalmente na infância, caracterizado por recaídas, remissões e evolução imprevisível. Afecta maioritariamente o sexo masculino.

A causa da seu aparecimento é desconhecida mas a hereditariedade parece ser o factor preponderante, aparecendo geralmente em crianças que têm doenças alérgicas, como asma, rinite alérgica ou febre dos fenos. Em alguns casos (cerca de 60%), a dermatite atopica surge nos primeiros meses de vida , sendo que em 90% dos casos ocorre antes dos 5 anos de idade.
Existem vários sinais e sintomas relacionados com esta patologia, sendo os principais as manifestações cutâneas e o prurido que por si só provocam um conjunto de lesões devidas ao “arranhar” constante. Desta forma, pode-se esperar escoriações diversas que podem levar ao aparecimento de vesículas, pápulas e placas. Este ciclo de comichão-coçar -erupção-comichão piora o problema permitindo a proliferação de bactérias e consequente infecção.

A Dermatite Atópica possui vários estágios que dependem do grau de inflamação da pele.

O estágio agudo pode incluir eritema e edema, com exsudação e formação de crostas, enquanto que a doença crónica se manifesta fundamentalmente através de pele seca (xerose) e descamativa. A dermatite atópica do lactente ou da primeira infância ocorre por volta dos 2-3 meses de idade, com episódios de prurido. Desenvolvem-se lesões vermelhas, exsudativas e com crostas na face (bochecha), couro cabeludo e membros. Em casos mais graves pode haver generalização da doença.
A dermatite atópica da criança ou da segunda infância ocorre em crianças entre os 2-12 anos de idade. Nesta faixa etária, as zonas caracteristicamente envolvidas são as superfícies de flexão dos membros (os punhos e tornozelos).
Nos adolescentes e adultos as zonas mais atingidas são as mãos, pés e face (sobretudo à volta dos olhos).

Factores agravantes da Dermatite Atópica!


A dermatite atópica pode piorar quando há exposição aos aero-alergenos tais como o pólen, pó e ácaros. A utilização de detergentes pode também exacerbar o problema. Certas roupas e alimentos têm sido relacionados com a dermatite atópica. Torna-se também importante avaliar a implicação de factores emocionais (stress), que podem levar ao desencadear ou agravamento da patologia. O uso de perfumes, soluções antissépticas e ambientais com vapores agressivos também devem ser evitados.

A identificação e tratamento precoce da dermatite atópica são importantes para reduzir as lesões e sintomas, prevenir as recaídas e modificar o curso natural da doença...

Actualmente não existem testes laboratoriais específicos para diagnosticar esta patologia, sendo a detecção clínica baseada em características típicas desta doença. O diagnóstico é feito em função da idade do doente, morfologia e topografia características, prurido, história familiar ou pessoal de atopia (doenças alérgicas) e curso crónico ou recorrente.


Como tratar a Dermatite Atópica?



O tratamento é principalmente sintomático, tendo que ser adaptado à situação específica do doente. O principal cuidado com uma pele atópica é diminuir a secura cutânea e o prurido de modo a não se agravar o estado inicial da doença.

São de extrema importância as medidas não farmacológicas no controlo e prevenção da dermatite atópica, sendo que entre elas podemos referir:

-as unhas devem ser mantidas curtas (sobretudo em crianças) para evitar escoriações e sobre-infecções;
-remoção dos irritantes ambientais, alcatifas, roupas de lã, cobertores, detergentes e animais domésticos;
-embora não se tenha estabelecido uma relação causal com qualquer alimento, como medida geral podem ser evitados os ovos, frango, leite de vaca, produtos com corantes e conservantes;
-evitar pó, pólen, fungos e ácaros, que desencadeiam e agravam o problema.
-banhos pouco frequentes e pouco demorados, com água morna e secagem sem fricção;
-utilizar cremes emolientes no banho e após o banho, várias vezes ao dia, de modo a restabelecer a barreira cutânea;
-evitar no vestuário fibras, nylon e materiais rugosos;
-evitar exposição solar excessiva e usar protectores solares adequados de modo a prevenir queimaduras.

Relativamente ao tratamento farmacológico, os cremes ou unguentos com corticosteróides tornam-se muito úteis na fase aguda da dermatite atópica. No entanto, é importante referir que o uso deste tipo de fármacos não pode ser prolongado, devido aos seus efeitos secundários. Neste sentido, deve-se suspender o tratamento mal as lesões tenham desaparecido Medicamentos tópicos com alcatrão (apresenta propriedades anti-inflamatórias e anti-pruriginosas) também constituem uma alternativa nas formas agudas e subagudas, aplicados em banhos, cremes e loções.
Muitas vezes recorre-se ao uso de anti-histamínicos orais, devido ao seu efeito sedativo, importante na diminuição do prurido nocturno. Contudo, anti-histamínicos tópicos não são indicados uma vez que podem provocar irritação cutânea levando a uma exacerbação do problema.

Se tem um filho com dermatite atópica saiba que a adopção de estilos de vida adequados e a aplicação de emolientes diários, logo após o banho, são eficazes no tratamento e na redução das crises. Mas não se esqueça que cada criança com dermatite atópica é um caso e que os tratamentos devem ser individualizados e orientados.


(Farmácia Alvim)

 

publicado por Lumife às 16:49

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