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Saiba mais sobre a Aids
Qual a diferença entre Infecção por HIV e AIDS ?
Nos estágios iniciais da doença, muitas pessoas nem mesmo sabem que estão
infectadas pelo HIV. De fato, mais da metade não desenvolve sintomas durante
a infecção aguda; esses, ocorrem em geral 2 a 3 semanas após o contágio e se
assemelham aos sintomas de gripe, tais como febre, dores articulares e musculares,
dor de garganta e queda do estado geral, porém podem ser mais graves, requerendo
hospitalização.
.Duas a seis semanas após o contágio é desencadeada resposta imunológica contra o
vírus, a qual será capaz de controlar a proliferação inicial do vírus, mas é incapaz de
eliminá-lo por completo do organismo. Desta forma se desenvolve infecção latente,
com destruição progressiva das células de defesa (principalmente dos linfócitos
T CD4) do organismo. Esse período é, na maior parte das vezes, assintomático.
Com a progressão da infecção, a pessoa fica mais susceptível às doenças rela-
cionadas à queda de imunidade.
AIDS e doenças relacionadas à AIDS
Quando o número de linfócitos CD4 se situa abaixo de 200 células por milímetro
cúbico de sangue, considera-se que o indivíduo tem AIDS, de acordo com a definição
americana. Nesses pacientes, podem-se manifestar várias doenças, incluindo tipos
específicos de infecção denominadas "oportunistas" e outras doenças relacionadas
à AIDS. Muitas pessoas descobrem que estão infectadas pelo HIV quando consultam
um médico por causa de uma doença que na verdade é uma patologia relacionada
à AIDS.
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Os estudos mostram que o tempo médio desde a infecção pelo HIV até o desenvol-
vimento de doenças relacionadas à AIDS é de aproximadamente 10 anos. Mostram
também amplas diferenças: cerca de 10% das pessoas infectadas pelo HIV pro-
gridem para a AIDS dois a três anos após a infecção, enquanto 5% a 10% dos
indivíduos apresentam números estáveis de células CD4 e nenhum sintoma mesmo
após 12 anos ou mais.
AIDS: Como se transmite?
O HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana - é o vírus que causa a AIDS. A principal
via de transmissão do HIV é representada pelos fluídos orgânicos. A concentração do
vírus varia em cada tipo de fluído. Aqueles particularmente infectantes são o sangue,
o sêmen e as secreções cervico-vaginais. O HIV foi detectado na saliva de indivíduos
infectados, embora não exista evidência de que o vírus se dissemine pelo contacto
com a saliva. Não há evidências científicas de que o HIV se propague pelo suor,
lágrimas, urina ou fezes ou por meio do contacto casual, tal como o compartilha-
mento de louças e talheres, toalhas e lençóis, piscinas, telefones ou assentos
sanitários. Tampouco há evidência de transmissão por meio de insectos, tais como
mosquitos ou percevejos.
Prevenir é importante
Existem certos comportamentos de alto risco que devem ser evitados, tais como:
- o compartilhamento de agulhas ou seringas utilizadas para administração de
drogas ilícitas
- a prática de sexo sem protecção com uma pessoa infectada ou com alguém
pertencente a um grupo de risco, que nunca tenha feito o teste para detecção do HIV.
Avanços no tratamento
Embora ainda não haja cura para a infecção pelo HIV e para a AIDS, uma das mais
promissoras alternativas para ajudar as pessoas infectadas pelo HIV a conviver com a
doença é representada pelos medicamentos novos e mais potentes. O surgimento de
novos agentes anti-retrovirais tem permitido avanços sem precedentes no combate
ao HIV. A ênfase do tratamento desviou-se da monoterapia para o uso de associações
potentes de agentes anti-retrovirais. O objectivo da terapia anti-retroviral altamente
activa ("HAART") é reduzir a carga viral para níveis abaixo dos limites de detecção
pelos testes mais sensíveis disponíveis, e manter esse efeito pelo maior tempo
possível, no maior número de pessoas. A supressão da replicação viral permite a
restauração do sistema imunológico, retarda a progressão da doença e melhora a
saúde e o bem-estar das pessoas que convivem com o HIV ou a AIDS.
Os dois grandes grupos de medicamentos disponíveis para tratar a infecção causada
pelo HIV são os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores da protease,
enzimas que actuam em diferentes etapas do ciclo de vida do vírus.
Inibidores da transcriptase reversa
Estes medicamentos (AZT, ddI, d4T, 3TC, ddC, Abacavir) actuam inibindo a
transcriptase reversa, enzima responsável pela conversão do RNA do HIV em DNA.
Sem isso, o vírus não consegue se replicar. Os inibidores da transcriptase reversa
foram os primeiros medicamentos a serem desenvolvidos contra o HIV e foram
seguidos pelo desenvolvimento de uma outra classe, os inibidores da transcriptase
reversa não-nucleosídeos (ITRNNs: Efavirenz, Nevirapina e Delavirdina). Embora
actuem de formas diferentes, todos dificultam a atividade da transcriptase reversa;
entretanto, o vírus é capaz de sofrer mutação para alterar o "formato" de sua enzima
transcriptase reversa, reduzindo a eficácia dessas medicações.
Inibidores da Protease
Como resultado do trabalho pioneiro dos Laboratórios de Pesquisa Merck Sharp &
Dohme, a enzima protease do HIV surgiu como um segundo alvo para a actividade
anti-retroviral. Os pesquisadores demonstraram que os inibidores da protease,
quando associados com os inibidores da transcriptase reversa, podem reduzir
a replicação do HIV a níveis não-detectáveis em um número substancial de pacientes.
Os inibidores da protease (Indinavir, Ritonavir, Saquinavir, Nelfinavir, Amprenavir,
Lopinavir/ritonavir), as mais potentes armas farmacêuticas conhecidas até o
momento para combater a infecção pelo HIV e a AIDS, comprovaram ser um
importante avanço no tratamento. Essa classe terapêutica é capaz de inibir a acção
da enzima protease viral específica, essencial para a formação da partícula infecciosa
do HIV. Estudos clínicos têm mostrado que os esquemas terapêuticos combinados,
que incluem um inibidor da protease, são eficazes para reduzir a carga viral do HIV,
aumentar o número de linfócitos CD4+ e reduzir a mortalidade por AIDS.
O objetivo principal do tratamento anti-retroviral é inibir a replicação viral e evitar
que o vírus sofra mutações e desenvolva resistência ao tratamento. Muitos especia-
listas acreditam que a melhor maneira de alcançar esse objetivo é por meio da
utilização de combinações de agentes antivirais potentes.
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