SABIA QUE...?

Abril 27 2005
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No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de centenas de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de um dos protestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos polícias que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.


Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.


A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adopta o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países.


Em Portugal


A decisão da Comuna de Paris, de decretar o 1º de Maio como o Dia Internacional do Trabalhador teve repercursões no nosso país. Diz-nos José Mattoso (in História de Portugal, vol. 5), que houve um reforço da luta do movimento operário português em finais do séc. XIX sendo "em torno da associação e da greve que gravita o próprio movimento operário". Entre 1852 e 1910 realizaram-se 559 greves no nosso país. A subida dos salários, a diminuição da jornada de trabalho e a melhoria das condições de laboração eram as principais exigências dos operários.



Mas, segudo o mesmo autor, o movimento operário alcançava grande força quando "aquelas (associações) a que hoje chamaríamos propriamente «sindicatos» se juntavam com as recreativas, as de socorros mútuos e os centros políticos". Tal ficou demonstrado no 1º de Maio de 1900 que juntou em Lisboa cerca de 40 mil pessoas, numa altura em que "as classes médias ainda viam as organizações de trabalhadores com alguma simpatia".



Durante a I República não se deixou de festejar o Dia do Trabalhador, mas sublinhe-se que um dos primeiros diplomas aprovados, com a instituição do novo regime, dizia respeito ao estabelecimento dos feriados nacionais e destes não constava o dia do trabalhador. Em 1933 é decretada a "unicidade sindical" e o "controle governamental dos sindicatos" esmorecendo um movimento operário que só ganharia novo ânimo na década de 40. Durante o Estado Novo as manifestações no Dia do Trabalho (e não do Trabalhador) eram organizadas e controladas pelo Estado.


O primeiro 1º de Maio celebrado em Portugal depois do 25 de Abril foi a maior manifestação alguma vez organizada no país. Só na cidade de Lisboa juntaram-se mais de meio milhão de pessoas. Para muitos, foi a forma dos portugueses demonstrarem a sua adesão ao 25 de Abril, que uma semana antes restituía ao país a democracia.






publicado por Lumife às 23:19

Abril 21 2005
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Antecedentes

Em 1974 o regime político português encontrava-se ao nível político e social praticamente esgotado. Os ventos de mudança tinham chegado a Portugal. Salazar morrera já há cinco anos. Os portugueses, aproveitando uma era de expansão económica - que viria a acabar com a subida do preço do petróleo em 1973 - já tinham deixado de comer a meia sardinha e de comprar sapatos a prestações. O número de automóveis e televisores subia em flecha. Entretanto, a guerra colonial continuava há já 13 anos, sem solução à vista, e fazendo Portugal quase figura de D. Quixote, pois todas as antigas potências coloniais haviam já promovido a independência das suas colónias. Embora o número de mortos e feridos nessas guerras não fosse elevado - cerca de 1000 a 2000 por ano -, a ida para o Exército não deixava de ser um risco. A situação nos campos também se havia modificado, com a partida de centenas de milhar de homens, "a salto" (isto é, emigrando ilegalmente), para a França, Luxemburgo e Alemanha, o que tornou os trabalhadores menos dependentes dos antigos patrões e mais conhecedores das realidades europeias. Finalmente, o primeiro-ministro da altura, o professor Marcello Caetano, era muito mais professor do que político, e não era certamente um condutor de homens. Discursava na televisão em longos monólogos, que denominou "Conversas em Família", nas quais, sem malícia, expunha as suas dúvidas: "Pensei muito e não encontrei outra solução...", disse uma vez, referindo-se à Guerra Colonial.

Arrastando-se a guerra em África, como se disse, há já 13 anos, e abundando os empregos civis, escasseavam as vocações militares, pelo que o Governo teve uma ideia: e se fôssemos buscar os antigos oficiais milicianos que já tivessem cumprido uma comissão de serviço no Ultramar, lhes déssemos um curso acelerado (dois semestres na Academia Militar) e os promovêssemos a capitães? Não seria uma boa forma de colmatar a nossa falta de quadros?


A medida, entretanto, foi muito mal recebida pelos militares de carreira, que viam o seu "espaço" ser invadido pelos "paisanos". As reuniões de protesto multiplicavam-se.
Em Outubro de 1973 estes decretos foram suspensos; mas os militares, como que tendo tomado o gosto à discussão dos problemas, não só não desmobilizam como começam a abordar nas suas reuniões o problema do fim da guerra e da queda do regime. Como movimento composto por militares (uma das particularidades deste movimento era, aliás, o ser constituído quase exclusivamente por capitães, os quais, devido às condições particulares da guerra em África, se haviam habituado a proceder com autonomia), escolheu para sua cúpula as mais altas chefias militares - o chefe e o vice-chefe do Estado Maior do Exército, generais Costa Gomes e António de Spínola. Embora as reuniões fossem preparadas com poucos cuidados conspirativos, e por isso não passassem despercebidas à polícia política (Direcção-Geral de Segurança; herdeira da PIDE, Polícia de Informação e Defesa do Estado), esta não estava preparada para actuar numa situação deste tipo, pois sempre tinha visto os militares como seus superiores e com eles tinha colaborado na guerra de África.

Em Fevereiro de 1974, António de Spínola, vice-chefe das Forças Armadas, general corajoso e estimado pelas tropas, provoca um terramoto político ao propor na sua obra "Portugal e o Futuro", que havia sido autorizado pelo seu superior hierárquico, o general Costa Gomes, uma evolução das colónias portuguesas para uma comunidade de Estados. Surpreso, o regime demite a 14 de Março estes dois oficiais (bem como o almirante Bagulho) e promove uma manifestação de apoio por parte das chefias militares. Estas demissões dos chefes máximos do movimento desencadeiam, logo no dia 16, a "Revolta das Caldas"; mas o movimento, mal estruturado, resume-se à saída do Regimento das Caldas da Rainha, que, sem apoios, volta nessa mesma noite para o quartel. Mais uma vez, Marcello Caetano, com certa frouxidão, não toma as medidas necessárias e na sua última "conversa em família", a 28 de Março, subestima o sucedido.

Um mês e uma semana depois sai à rua nova revolução, desta vez mais estruturada. O Governo apenas consegue opor aos revoltosos os carros de combate de Cavalaria 7. Na alvorada do dia 25 de Abril, Governo e revoltosos defrontam-se no Terreiro do Paço.


A revolução

A Ditadura Militar instituída a 28 de Maio de 1926 deu origem, volvidos escassa meia dúzia de anos, ao Estado Novo idealizado e gerido por Salazar. Afastado este do poder, por doença incapacitante, a chefia do governo é entregue a Marcello Caetano, que, entre outros problemas por resolver, herda uma guerra colonial em três frentes, sem solução militar à vista nem vontade política de optar por uma solução política negociada. Cansados da guerra, os militares profissionais encetam movimentações de carácter corporativo que rapidamente se transformam em reivindicações políticas, acabando por encarar como única saída o derrube do regime pela força.

Será o Movimento das Forças Armadas (MFA) que irá desencadear uma revolta militar em grande escala, conseguindo derrubar o regime sem o emprego da força e sem causar vítimas. Depois de uma tentativa frustrada, protagonizada pelo Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha, a 16 de Março de 1974, o processo revolucionário acelera. Na noite de 24 para 25 de Abril, duas estações de radiodifusão lançam para o ar duas canções que irão adquirir um simbolismo particular (E Depois do Adeus, interpretada por Paulo de Carvalho, que soa como uma despedida do governo marcelista, e Grândola, Vila Morena, interpretada pelo poeta banido José Afonso, um conhecido opositor do regime, canção esta que transporta uma mensagem de conteúdo democrático ao evocar a vilazinha de Grândola, onde "o povo é quem mais ordena"), desencadeando as operações militares, superiormente coordenadas pelo major Otelo Saraiva de Carvalho.

Em perfeita coordenação, elementos envolvidos na conspiração tomam conta das respectivas unidades, formam colunas de voluntários, convergem para os grandes centros e ocupam todos os pontos estratégicos do país, colocando as forças fiéis ao governo em posição de desvantagem e na defensiva. Sem disparar um tiro, cobrem praticamente todo o país.

Dois momentos de tensão apenas se registam naquela primeira fase, ambos em Lisboa, ambos protagonizados por um jovem capitão de Cavalaria, Salgueiro Maia - um encontro com um destacamento de blindados obediente ao Governo, que por pouco não redunda em acção de fogo, mas que se resolve quando as tropas envolvidas se colocam às ordens de Salgueiro Maia; outro, horas mais tarde, quando o mesmo oficial manda abrir fogo sobre a parede exterior do quartel da GNR no Carmo, como forma de "persuadir" Marcello Caetano, lá refugiado, a render-se. O chefe do Governo acaba por se render ao General António de Spínola, com medo de que o poder "caísse na rua", e a tensão desce.

Só um incidente irá manchar os acontecimentos: agentes da DGS, barricados na sua sede, abrem fogo sobre manifestantes, causando alguns mortos e feridos. Apesar da sua brutalidade, não passa de um acto de desespero, não sendo sequer um acto de defesa do regime. Tal como a Monarquia a 5 de Outubro de 1910 e a República a 28 de Maio de 1926, um regime cai por não ter já quem o defenda e queira dar a vida por ele.


Os revoltosos fizeram sair do Quartel do Carmo o primeiro-ministro, Marcello Caetano, e o Presidente da República, Américo Thomaz, num carro de combate ("Chaimite"), a fim de os poupar à exaltação da multidão. Pouco depois seriam transferidos para a ilha da Madeira, e daí, a 20 de Maio, para o Brasil, com o que a revolução criou um precedente de tolerância que iria servir, em fases posteriores, para permitir ultrapassar as dificuldades sem derramamento de sangue.

Algumas horas após a transmissão de poderes de Marcello Caetano para as mãos de Spínola, constitui-se um órgão governativo provisório, com representação de todos os ramos das Forças Armadas (a Junta de Salvação Nacional; os militares subalternos que acabavam de fazer triunfar a revolução do "Movimento dos Capitães", em nome do respeito pelas hierarquias, entregavam o poder nas mãos de oficiais generais.


Logo a 26 de Abril os presos políticos (128) são libertados; Álvaro Cunhal, chegado a Lisboa, dá a sua primeira entrevista em cima de um tanque, prefigurando talvez a sua estratégia de conquista do poder ligado ao Exército; Mário Soares, secretário-geral do Partido Socialista, e outros refugiados no estrangeiro voltam também para Portugal. Os membros da polícia política são presos.


Nos meses que se irão seguir, o país assiste a uma movimentação febril sem precedentes: constituem-se partidos das mais diversas orientações, fazem-se e desfazem-se alianças, manifesta-se a força das organizações sindicais, floresce uma variadíssima imprensa livre, a vida social sofre transformações de um extremo e inesperado radicalismo; estabelecem-se relações diplomáticas com todos os países do globo; procede-se à descolonização por via negocial) mas também se vive o perigo dos golpes militares de orientações diversas, surge o terrorismo como método político e o país chega a sentir-se ameaçado pela guerra civil, até que, nos finais de 1975, se alcança uma situação que permite caminhar para a estabilização de um sistema político democrático.

Nestes meses de vida política e social agitada, alguns acontecimentos marcantes assinalam as viragens sucessivas da evolução política: a manifestação pró-spinolista da "maioria silenciosa" de 28 de Setembro de 1974, que conduz à renúncia de Spínola; o golpe militar spinolista de 11 de Março de 1975, travado por um contragolpe, que dá início a uma fase de grande tensão (o "Verão quente" ou PREC), e por fim o golpe militar lançado por forças esquerdistas em 25 de Novembro de 1975, prontamente anulado por um contra-golpe que instala no poder forças políticas que irão proporcionar a consolidação da democracia parlamentar.

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Cravo: o símbolo da revolução

No próprio dia da revolução, uma pastelaria na Baixa preparava-se para comemorar mais um aniversário oferecendo flores a todos os clientes. A funcionária encarregada de comprá-las passou pelos militares e começou a distribuí-las - cravos vermelhos. Os soldados puseram-nos nos canos das espingardas.

Esta imagem feliz de uma arma que, ainda que dispare, só irá atirar flores, foi captada por fotógrafos e adoptada para cartaz largamente divulgado. O cravo tornou-se a imagem da revolução e o 25 de Abril ficou conhecido (pelo menos nos seus primeiros tempos) como a "Revolução dos Cravos".

publicado por Lumife às 01:12

Abril 19 2005
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A qualidade de vida e a possibilidade de realizar tarefas diárias tão simples como subir umas escadas ou lavar os dentes podem estar ameaçadas pela doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).



Em Portugal, esta doença afecta entre 500 a 600 mil pessoas e é a sexta causa de morte. Na União Europeia ocupa o quinto lugar e a nível mundial é a quarta causa de mortalidade. Calcula-se que, em 2020, será a terceira causa de morte nos países desenvolvidos.



De acordo com o relatório mundial anual da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 600 milhões de pessoas sofrem de DPOC, e destas cerca de 3 milhões morrem em consequência desta doença todos os anos. Estudos recentes provaram também que uma em cada 10 pessoas com mais de 40 anos poderá, efectivamente, sofrer de DPOC.



À semelhança do que acontece com outras efemérides, também a doença pulmonar obstrutiva crónica tem uma data querida a ela dedicada. Este ano, o Dia Mundial da DPOC celebrou-se a 17 de Novembro. Por acaso (ou não) foi comemorado no Dia Mundial do Não Fumador.



Não combinam nada mal, afinal, é uma doença que, na maioria dos casos, é provocada pelo fumo do tabaco.



No âmbito das comemorações, foram realizadas acções de rastreios para sensibilizar a população em vários pontos do País. A iniciativa, que contou com o patrocínio de vários laboratórios, foi levada a cabo pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em conjunto com o GOLD (Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease), um programa de combate à DPOC à escala global lançado em 1997 pela OMS.



A título de exemplo, no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa, esteve patente uma tenda gigante com 240 m2, dividida em 10 consultórios, onde todos os interessados puderam realizar rastreios gratuitos – espirometrias (testes de sopro).



Esta acção resultou de um esforço de união de pneumologistas de muitos hospitais nacionais, assim como de técnicos de Cardiopneumologia.

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A DPOC é caracterizada por limitações na fluidez respiratória, acompanhada por dificuldade respiratória, tosse e aumento da produção de expectoração.



Os doentes tornam-se incapazes de desenvolver as suas actividades diárias normais, como passear o cão, brincar com crianças, cozinhar ou pentear-se.



Esta doença está, normalmente, associada ao tabagismo. Aliás, mais de 90% dos casos são provocados pela inalação de fumo, que acaba por inflamar as vias respiratórias. Trata-se de uma patologia que progride com a idade, levando à incapacidade e morte prematuras.



Verifica-se que a DPOC é mais prevalecente no sexo masculino e em idades avançadas. A mortalidade por DPOC parece ser mais elevada na raça caucasiana.



A poluição urbana poderá contribuir para o desenvolvimento desta enfermidade, bem como a poluição doméstica resultante de sistemas de aquecimento, entre outros.

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Segundo a Prof.ª Cristina Bárbara, pneumologista no Hospital Pulido Valente, «a maior parte dos doentes recorre ao médico demasiado tarde, quando já está instalado o cansaço recorrente. E quando isso acontece a DPOC já está numa fase avançada, em que pouco se pode fazer para estancar a sua evolução».



A especialista é coordenadora nacional do Projecto GOLD (Global Obstructive Lung Disease) e esclarece que «o Projecto GOLD tem por objectivo aumentar, a nível mundial, o conhecimento da população acerca da DPOC e melhorar as condições de diagnóstico e tratamento destes doentes, reduzindo-se assim a mortalidade e morbilidade associadas. Em Portugal, é levado a cabo em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia».



A espirometria é o exame que se utiliza para medir a capacidade respiratória do indivíduo. É também através deste exame que se consegue diagnosticar a DPOC.



«Até agora, os espirómetros estão eminentemente sedeados nos hospitais que têm a especialidade de Pneumologia, o que revela uma cobertura manifestamente insuficiente do território nacional», acusa Cristina Bárbara.



Na opinião da pneumologista, é preciso fazer crescer a oferta de espirómetros, sobretudo nos centros de saúde. Além do aparelho em si, Cristina Bárbara considera fundamental «criar postos de trabalho para técnicos de cardiopneumologia», que se encontram especialmente habilitados para manusear o espirómetro.



Adoptando estas medidas, «estou segura de que haverá uma boa relação custo/ /eficácia», diz a especialista, frisando que «agir no campo da prevenção é a melhor estratégia para travar o crescimento da DPOC».



Actualmente, a DPOC, por si só, tem um tremendo impacto financeiro no Serviço Nacional de Saúde (SNS).



«A maior parte dos doentes, cerca de 80%, que chegam ao especialista hoje em dia já apresentam um estado avançado da doença», garante Cristina Bárbara, avançando: «Só em 2002 consumiram-se 30 milhões de euros em internamentos motivados pela DPOC em Portugal.»



Em termos de custos directos, podem ser contabilizadas consultas, atendimentos urgentes, internamentos (há doentes que chegam a ser internados entre três a quatro vezes por ano) e medicação.



«Cerca de 80% dos custos do SNS com a DPOC são provocados pelos doentes que, com exacerbações, acorrem à urgência hospitalar», frisa Cristina Bárbara.



Por outro lado, há as perdas, incontabilizáveis, ao nível da qualidade de vida e relacionadas com o absentismo laboral, reformas antecipadas e mortes precoces.



«Estudos em curso mostram que a DPOC está a crescer em todo o mundo. Quer queiramos, quer não, este é um problema que vamos ter de enfrentar, até porque o tabagismo não pára de crescer, especialmente nas faixas etárias mais jovens e no sexo feminino», sublinha Cristina Bárbara.

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No que toca ao tratamento, numa fase inicial, é possível recorrer a medicamentos que reduzem o grau de obstrução à respiração (os broncodilatadores), sendo sempre essencial deixar de fumar.



Ainda no âmbito das opções terapêuticas, é possível recorrer a programas de reabilitação respiratória, que devem ser aplicados por fisioterapeutas habilitados.



Nos casos em que a doença já está numa fase muito avançada, «são necessários tratamentos mais agressivos para combater quadros de insuficiência respiratória, altamente incapacitantes», diz a pneumologista, concluindo:



«É necessário fazer oxigenoterapia de longa duração no domicílio, entre 15 a 24 horas por dia.»



Cecília Costa, 56 anos: «Estive à beira da morte»



«Não valorizei os primeiros sintomas, mesmo depois de ter consultado um pneumologista, que recomendou que parasse de fumar», diz Cecília Costa, de 56 anos, a propósito do problema que a aflige, a doença pulmonar obstrutiva crónica.



Certo dia, inesperadamente, tudo se alterou para esta ex-professora de Matemática de Tires.



Contribuiu o facto de ter sido fumadora durante 33 anos. Todos os dias apagava 40 cigarros. Há quatro anos foi obrigada a deixar de o fazer.


«Fui internada na urgência do Hospital de Cascais, onde permaneci durante uma semana, a que se seguiu mais uma semana na Enfermaria. Saí já melhor», recorda Cecília, prosseguindo:



«Passadas umas três semanas, fui novamente internada. Desta vez em Santa Maria, durante 15 dias. Depois destas andanças pelo hospital, fui a nova consulta de Pneumologia e é então que sou internada para avaliação. Já depois de estar internada, a situação complica-se e, nessa altura, dou entrada na UCIR (Unidade de Cuidados Intensivos Respiratórios) do Hospital de Santa Maria, onde permaneci 17 dias ligada ao ventilador.»



O vício do tabaco foi abandonado no dia do último internamento.


«Não me lembro de nada, só sei que este episódio me deixou muito mal. Por exemplo, tive de reaprender a posição da mão para escrever e para comer», comenta Cecília, salientando:



«Foi um momento muito difícil para mim e para a minha família. Estive à beira da morte.»



Nessa altura, quando deixou para trás o ventilador e passou para a Enfermaria, já trazia a máscara de oxigénio. E é desta máscara que depende a sua vida. Diariamente, transporta junto a si, durante 24 horas, uma botija que debita 1,5 litros de oxigénio, numa mochila tipo trolley.



Os demasiados cigarros fumados foram os principais causadores da DPOC, uma doença que torna Cecília Costa tão frágil que basta não usar a máscara de oxigénio para ficar sem sentidos.

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veja se está em risco



Responda às seguintes questões:


Tosse várias vezes na maior parte dos dias?


Tem expectoração na maior parte dos dias?


Fica por vezes com sensação de falta de ar mais rapidamente do que as pessoas da sua idade?


Tem mais de 40 anos?


É fumador ou ex-fumador?

Se respondeu sim a três ou mais destas questões deverá procurar o seu médico e pedir-lhe para fazer um teste à sua função respiratória. Se é fumador, urge deixar de fumar!

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Informações: curtas, mas úteis



O que é?


A DPOC é uma doença respiratória que progressivamente vai roubando ao doente a capacidade de respirar.



Causas


O tabaco é a principal causa para o aparecimento da DPOC, embora a exposição permanente e prolongada em ambientes muito poluídos de pó e fumos também possa desencadear a patologia.



Quem tem DPOC?


São, sobretudo, fumadores ou ex-fumadores, com idade acima dos 40 anos. As crianças não são afectadas e a DPOC não é uma doença contagiosa.



Primeiros sintomas


Tosse acompanhada, ou não, de catarro ou expectoração. Com o tempo poderá sentir-se progressivamente dificuldade em respirar quando se faz algum esforço.


Links úteis:


Sociedade Portuguesa de Pneumologia.



Factos sobre a DPOC


4.ª causa de morte em todo o mundo (partilha esta posição com a SIDA);


Em 2020, a OMS estima que a DPOC será a 3.ª causa de morte no mundo;


12.ª causa de incapacidade no mundo;


Prevê-se que em 2020 seja a 5.ª causa de incapacidade no mundo;

5.ª causa de morte na Europa;


Entre 500 a 600 mil portugueses sofrem de DPOC (estima-se que a incidência suba nos próximos anos);


Dados de 2004 relativos à realidade mundial apontam para que um em cada dez indivíduos com mais de 40 anos tenha DPOC.


Resultados do megarrastreio da DPOC



Para além de diversas sessões de esclarecimento à população através da realização de palestras e divulgação de folhetos, no Dia Mundial da DPOC, foi efectuado um megarrastreio da DPOC, que incidiu sobre 1331 pessoas distribuídas pelos seguintes locais:


Hotel Rivoli (Porto) – 337 pessoas;


Hospital Distrital de Braga – 50 pessoas;


Hospital Distrital de Penafiel – 112 pessoas;


Pavilhão de Portugal (Lisboa) – 501 pessoas;


Centro de Saúde de Almada (Lisboa) – 91 pessoas;


Hospital Fernando da Fonseca (Lisboa) – 72 pessoas;


Hospital Pulido Valente SA (Lisboa) – 30 pessoas;


Açores – 138 pessoas.


Uma análise estatística parcelar aponta para as seguintes características da população:
Média de idades de 54 anos;


55% homens;


34% de fumadores;


12% de ex-fumadores.


Mediante avaliação sumária de queixas respiratórias, 44% dos rastreados apresentavam tosse e expectoração. A realização da espirometria detectou obstrução das vias aéreas em 12% dos rastreados.


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(A responsabilidade editorial e científica desta informação é da Medicina & Saúde)







publicado por Lumife às 21:31

Abril 13 2005
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Benjamin Schmidt, membro da associação PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), mergulha numa piscina cheia de tinta vermelha em Berlim. A PETA aproveitou a inauguração da nova embaixada do Canadá na capital alemã para protestar contra a caça de mais de 300 mil focas que o Governo de Otava autoriza todos os anos. (Foto: Kristy May/AP)

publicado por Lumife às 00:15

Abril 08 2005
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"A floresta ondulante desce

No ritmo dos rios da montanha...

Se você quer descobrir a fonte,

Você tem que subir, contra a corrente,

Atravesse, procure, não desista,

Você sabe que tem que estar aqui em algum lugar.

Onde está você, fonte? Onde está você, fonte?"


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publicado por Lumife às 01:56

Abril 07 2005
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O PS voltou a insistir, pela voz do seu líder parlamentar, Alberto Martins, com a marcação prioritária do referendo do aborto. Depois de José Sócrates ter colocado o referendo sobre a Constituição Europeia em primeiro lugar, depois de o PSD ter deixado claro, pela voz de Marques Mendes, que não aceitaria essa inversão do calendário dos referendos (e inviabilizaria a necessária revisão constitucional para o referendo europeu), depois de o Palácio de Belém fazer saber que também não aprovaria tal inversão. O que faz, então, correr o PS e Alberto Martins nesta radicalização gratuita de posições?


Será a necessidade de cobrir, à esquerda, a agenda política e a pressão mediática do BE e do PCP? Será a maioria absoluta que lhes subiu à cabeça, fazendo-os cair na ilusão, arrogante e autoritária, de que têm o caminho livre para fazerem tudo o lhes aprouver e imporem qualquer iniciativa ou calendário sem necessidade de consensos ou dos votos de outros? Ou será, porventura, a táctica do balão de ensaio que o PS tem vindo a ensaiar desde que José Sócrates chegou a primeiro-ministro: atirando o barro à parede com hipóteses como o aumento de impostos, a base de dados de ADN de todos os cidadãos, a limitação de mandatos de todos os cargos políticos ou a antecipação do referendo do aborto - com Sócrates, em cauteloso silêncio, à espera de ver as reacções a tais propostas antes de se pronunciar ou decidir sobre elas?


Seja qual for a explicação para esta deriva radical e politicamente insensata do PS, torna-se evidente que as suas consequências acabarão por cair em cima das monolíticas cabeças socialistas que engendraram este ensaio de conflito à força. Alberto Martins pensa que irá atirar para cima do PSD e de Jorge Sampaio o ónus pela não calendarização imediata do referendo do aborto (e imaginará até que tal expediente renderá muitos dividendos políticos e na opinião pública). «Nós estamos a assumir as nossas responsabilidades, a data do referendo é competência do PR», afirma na sua maioritária auto-suficiência o responsável parlamentar do PS.


Não percebendo que o PSD não irá ceder um milímetro nesta matéria dos referendos (podendo, até, radicalizar em contra-resposta a sua posição e anunciar que não anuirá a qualquer revisão constitucional se o PS decidir enviar, depois de dia 20, a proposta de referendo do aborto para Belém). Não percebendo que o Presidente da República já assumiu publicamente o seu compromisso com a prioridade ao referendo europeu em Outubro (em simultâneo com as autárquicas) e não dará cobertura a estes radicalismos infantis. Não percebendo que será o próprio PS a ter que engolir em seco esta iniciativa politiqueira e extemporânea.


Mais grave, no entanto, é esta «chico-espertice» partidária não se ter coibido de inviabilizar o projecto de lei das deputadas Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda, que integram a bancada do PS, sobre a suspensão dos processos judiciais relativos a mulheres que abortaram.


Esse, sim, um projecto de lei urgente e necessário para pôr fim à vergonha e à hipocrisia que constituem tais julgamentos.


O referendo do aborto é um compromisso eleitoral dos socialistas, legítimo e para ser cumprido. Mas não é esse referendo que irá resolver os problemas, os constrangimentos e a obstrução passiva que têm sido levantados na sociedade portuguesa (e, em particular, nos meios médicos e hospitalares) à aplicação da actual legislação da interrupção voluntária da gravidez. Basta atentar no contraste com o que se passa em Espanha, onde existe uma legislação semelhante.


A aplicação integral e sem resistências desta ou de uma futura legislação sobre o aborto, que resulte de um novo referendo, depende sobretudo dessa mudança de hábitos e mentalidades na sociedade portuguesa. Já a aplicação de uma nova lei que impeça a violência absurda de conduzir a prisão ou a julgamento mulheres que fizeram abortos, violência que prossegue regularmente, poderia terminar de imediato com a admissão e aprovação do projecto das deputadas Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda.


Mas Alberto Martins e o PS preferem entreter-se nestes jogos florais de agenda política do que resolver uma insustentável violência social. Conseguem, assim, que mulheres portuguesas continuem a passar pela vergonha de serem levadas a tribunal durante mais um ou dois anos. Até que, lá para 2006, se criem condições para efectuar o referendo do aborto.

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6 Abril 2005

( A Opinião de José António Lima - Expresso)

publicado por Lumife às 23:52

Abril 04 2005
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George Orwell disse: «...Eu sabia que molhar a cama era algo de mau que eu não podia dominar. Cometia assim o pecado sem querer e sem conseguir evitá-lo. Vivia com um sentimento de culpa, e de loucura como não me recordo ter sentido, antes ou depois, em toda a minha vida...»


Esta frase do autor inglês retrata bem o sentimento das cerca de 80.000 crianças do nosso país que sofrem de enurese.


Esta disfunção fisiológica continua a ser desconhecida pelos pais, que não sabem lidar com o problema, contribuindo na maior parte das vezes para o seu agravamento.



Existem quatro variantes da enurese:


A enurese primária: quando a criança nunca teve controlo sobre a bexiga.



A enurese secundária: quando a criança perde o controlo da urina, após um período de controlo.



A enurese diurna: é menos frequente e está relacionada com problemas físicos, psicológicos e com o próprio desenvolvimento da criança.



A enurese nocturna: é considerada mais “normal”, porque de noite a criança poderá ainda não ter o controlo total dos esfíncteres (músculos que permitem a entrada ou saída da urina) e molhar a cama.

A variante que mais crianças afecta é a “enurese nocturna primária”.



A enurese nocturna primária é a emissão involuntária de urina durante o sono, depois dos 5 anos de idade.


É frequente pensar-se que a enurese se resolve com o tempo, mas se não for tratada afecta a auto-estima, a socialização, pode provocar efeitos adversos no desenvolvimento harmonioso da criança e causar problemas psicológicos para o resto da sua vida.



Por estes motivos, deve proporcionar à sua criança um tratamento pronto e efectivo, prevenindo o seu sofrimento (da criança) durante a infância, adolescência ou até mesmo na idade adulta.



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o que fazer?


Segundo a psicóloga Adriana Campos, a primeira medida a tomar face a uma situação de enurese é fazer o despiste de alguma doença, que poderá estar na origem da incontinência urinária, mediante a realização de exames médicos.



Se não existirem causas de natureza fisiológica, deve ponderar-se a possibilidade de apoio psicológico. Este tipo de apoio exige o envolvimento da criança e dos pais e o envolvimento destes terá de ser tanto maior quanto mais pequena for a criança.


Frequentemente, a atitude dos pais e familiares contribui para a manutenção da enurese. Os comportamentos e comentários que frequentemente surgem na sequência destes episódios podem assim dificultar a ultrapassagem deste problema por parte da criança.



De acordo com o director do serviço de Nefrologia Pediátrica do Hospital de Crianças Maria Pia do Porto, Dr. Elói Pereira “a enurese é um problema que deve ser abertamente exposto ao médico assistente, e não como é habitual guardado no segredo da família, numa confusão de falsos conceitos, atitudes e procedimentos, que só comprometem a saúde e o bem-estar da criança, atingindo gravemente a sua auto-estima”.



O Dr. Elói Pereira refere ainda que “compreende-se que os pais tenham dificuldade em abordar este assunto, por duas razões principais, o reconhecimento da incapacidade do filho em ultrapassar uma fase de desenvolvimento autónomo da criança, que se reveste de uma certa afirmação de emancipação e por se tratar de um problema com uma grande incidência familiar, que afectou um ou ambos os progenitores”.

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causas do problema


De acordo com o Dr. Eloi Pereira, “nos indivíduos normais, a produção de urina durante a noite é reduzida a um terço do volume que se produz durante o dia, através do ritmo circadiano da produção de hormona anti-diurética ou desmopressina.



Nos enuréticos a produção desta hormona está comprometida durante a noite, e por isso o volume de urina nocturno é semelhante à quantidade diurna e portanto incapaz de ser suportado na bexiga”.

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os enuréticos na sociedade


Para as crianças este problema pode revelar-se uma verdadeira humilhação, porque têm vergonha de urinar na cama e querem manter esse segredo.



Daí, que tudo o que esteja relacionado com passar uma noite fora de casa se torne num verdadeiro tormento para o seu filho. Dormir em casa de familiares, de amigos, participar num acampamento, ir a excursões da escola e frequentar campos de férias são situações verdadeiramente embaraçosas para eles.



Os problemas de auto-estima e de auto-confiança, advêm muitas vezes do sentimento que os faz sentirem-se diminuídos perante as outras crianças da sua idade e que os faz criar um quadro de infelicidade.



Siga os conselhos do Dr. Elói Pereira, e saiba o que nunca se deve dizer ou fazer a um enurético, como agir com eles, o que fazer para ajudá-los a ultrapassar o problema e as terapias mais utilizadas para tratar esta disfunção.

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o que nunca se deve dizer ou fazer a um enurético



Não menospreze o seu filho.




Não o culpabilize, para que não aumente a sua vergonha.



Não se zangue com ele.



Não o castigue.



Nunca fale com outras pessoas sobre o assunto, se o seu filho estiver presente.



Evite a utilização de fraldas porque pode provocar um retrocesso na criança.

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como deve agir com um enurético



Diga ao seu filho que o ama e que compreende os seus sentimentos.




Relembre-lhe que a culpa da enurese nocturna não é dele.




Encoraje o seu filho a ajudá-lo a limpar tudo rapidamente, a mudar de pijama e a refazer a cama.



Fale com o seu filho acerca do tema e explique-lhe o que se passa.




Se teve o mesmo problema, partilhe com ele a sua experiência, verá que ele ficará mais calmo e confiante.




Fale com um médico, pois ele com a sua experiência e sugestões irá certamente ajudá-lo.




Faça um cartaz com os dias da semana, onde ele vai colar uma cara sorridente quando não urina, ou uma bola amarela quando o faz.




Ajude-o a fazer exercícios com a bexiga (ex.: controlar o jacto urinário, aprendendo a interrompê-lo).

Saiba agora o que pode fazer para ajudar o seu filho a ultrapassar a enurese
Certifique-se de que o seu filho vai à casa de banho antes de ir para a cama.




Reduza-lhe a cafeína, as bebidas com hidratos de carbono e os chocolates.




Não o deixe beber muitos líquidos durante a noite. Quanto menos líquidos beber, menos urina produzirá, mas nunca o proíba de beber se ele tiver sede e incentive-o a ir à casa de banho pouco tempo depois.




Leve-o a falar com um médico, faça-o ver que ele não está sozinho e muitas outras crianças sofrem da mesma disfunção.


Atenção!


Embora a enurese nocturna tenda a passar naturalmente com a idade, o primeiro passo que os pais devem dar é ir com o seu filho ao médico de família ou ao pediatra, para despistar a doença e conhecer as causas da mesma.


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estatísticas e consultas



Em Portugal a enurese afecta 80.000 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos de idade (15% com 5 anos, 10% com 10 anos e 0,5 a 1% dos jovens adolescentes).



55 milhões é o número de crianças afectadas em todo o mundo.



A seguir às afecções alérgicas, a enurese nocturna primária é a disfunção física com maior incidência na infância.



70% das crianças com este problema nunca chega a receber qualquer apoio médico.



75% das crianças enuréticas têm um familiar que já sofreu dessa perturbação.



Na ausência de situações adversas, o controlo dos esfíncteres, quer diurno quer nocturno, ocorre, em cerca de 98% das crianças, até aos 5 anos de idade.



Em cada ano, 10 a 12% das crianças enuréticas deixam espontaneamente de o ser.

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Hospitais onde pode obter uma consulta



Na zona Norte



Barcelos, Braga, Coimbra, Covilhã, Guimarães, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paredes, Porto, Póvoa do Varzim, Santa Maria da Feira e Vila Nova de Gaia.


Na zona Sul



Abrantes, Almada, Amadora, Leiria, Lisboa, Santarém, Tomar, Torres Novas e Torres Vedras.


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(Texto concedido pela revista Men'sHealth )






publicado por Lumife às 18:31

Abril 01 2005
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Jeffrey Lee Parson, o adolescente condenado por infectar 48 mil computadores com uma variante do destrutivo worm Blaster não terá de pagar US$ 500 mil à Microsoft como restituição a prejuízos causados. O anúncio foi feito hoje pela empresa.


Em vez disso, o rapaz terá que fazer mais 225 horas de serviço comunitário, além da pena anterior que o condenou a 1 ano e meio de prisão e 100 horas de trabalhos de apoio à comunidade. Parson ainda vai ser observado durante três anos após o cumprimento das sentenças.



A Microsoft, que liberou Parson de ter de pagar a multa em um acordo assinado por ambas as partes esta semana, afirmou ter ficado satisfeita com a decisão final. "O serviço comunitário adicional ao sr. Parson vai ter um impacto maior", disse o advogado da Microsoft, Tim Cranton, em comunicado.



Parson admitiu no ano passado responsabilidade pela criação da variante do worm, programa malicioso que se espalha pela Internet, que infectou computadores em meados de 2003. A praga atacou máquinas da Microsoft. Ele afirmou que criou a variante "B" do Blaster e que a usou para acessar 50 computadores utilizados em seguida em um ataque contra mais de 48 mil sistemas.



O Blaster e suas variantes se aproveitaram de uma brecha de segurança no Windows, que equipa mais de 90% dos computadores em uso do mundo.

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(Reuters)

publicado por Lumife às 21:45

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