SABIA QUE...?

Agosto 16 2009

 

 

 

Damos-lhe algumas dicas para manter a saúde nas férias, sem esquecer alguns conselhos quanto à Gripe A.

Não é novidade para ninguém que as férias fazem bem à saúde – pelo menos, aliviam o stress. Mas convém gozá-las em segurança, adoptando alguns cuidados. Que devem ser redobrados, claro, se viajar para o estrangeiro. Damos-lhe algumas dicas, para que tenha saúde nas férias – não esquecendo os conselhos quanto à Gripe A…

Cuidados básicos

Se gozar as suas férias longe de casa – quer seja em Portugal ou no estrangeiro – um pequeno kit de farmácia deve ser um companheiro indispensável de viagem. Claro que, se sofrer de alguma doença crónica, deve fazer-se acompanhar dos medicamentos de toma habitual, mas há outros produtos (que, normalmente, não necessitam de receita médica) que podem ser necessários. Assim, sugerimos que transporte consigo:

- Medicamentos para as náuseas e vómitos

- Um antidiarreico e um laxante

- Um antipirético e um analgésico

- Produtos de prevenção e tratamento das picadas de insectos

- Alguns artigos de primeiros socorros, como uma tesoura, adesivo, pensos, ligadura, gaze, água oxigenada

- Um termómetro

- Um creme calmante contra as irritações e as queimaduras solares

- E, claro, cremes de protecção solar

Tenha atenção ao facto de que alguns medicamentos que se tomam ou produtos que se aplicam na pele sofrem alterações quando nos expomos ao sol. Podem ocorrer reacções alérgicas, pelo que se deve informar junto do seu farmacêutico.


Ainda em relação ao astro-rei, nunca é de mais aconselhar medidas que já todos sabemos, mas que, por vezes, tardamos em adoptar. Assim, o Ministério da Saúde recomenda:

- Evitar a exposição solar entre as 11 e as 16 horas

- Proteger os bebés com menos de um ano de idade, que não devem ser expostos ao sol

- Usar sempre protector solar com um índice adequado à idade e ao tipo de pele de preferência superior a 30

Por outro lado, tenha especial atenção ao que come. «As intoxicações alimentares são uma situação frequente no Verão, pois «o calor pode favorecer a proliferação de microorganismos nos alimentos». Por isso, os conselhos do Ministério da Saúde (que se podem aplicar ao longo de toda a época, e não só durante as férias) vão no sentido de:

- Consumir preferencialmente alimentos frescos e cozinhados na hora, e no caso de haver dúvidas sobre a proveniência dos mesmos não os consumir

- Lavar bem os alimentos e não deixar fora do frigorífico aqueles que devem ser refrigerados

- Lavar bem as mãos antes e depois de manusear alimentos, e ter o mesmo cuidado com os utensílios utilizados na sua preparação

- Respeitar os prazos de validade dos produtos e acondicionar correctamente os alimentos

Claro que outros conselhos básicos de umas férias em segurança passam por evitar «refeições pesadas e a ingestão de bebidas alcoólicas», «aumentar a ingestão de líquidos (água ou sumos de fruta naturais, sem adição de açúcar)», bem como, «após uma refeição, aguardar três horas» antes de dar os apetecíveis mergulhos na praia ou na piscina… Sem esquecer que, além disso, se deve «respeitar as bandeiras das praias e as indicações dos nadadores-salvadores» – «opte sempre por frequentar praias devidamente vigiadas».


Vai para fora?

Sempre que pretende viajar para fora da Europa deve dirigir-se a uma consulta de saúde do viajante. Efectuadas por médicos especialistas em doenças infecciosas e em medicina tropicais, servem para aconselhar as medidas preventivas a adoptar antes, durante e depois da viagem, que incluem a «vacinação, medicação preventiva da malária, informação sobre higiene individual, cuidados a ter com a água e os alimentos que se ingerem, e outros aspectos para que deve estar alerta quando viaja», informa o portal do Ministério da Saúde.

Nessa consulta, «também lhe podem ser fornecidas informações sobre a assistência médica e segurança no país de destino e aconselhamento sobre a farmácia» que deve levar consigo. Por outro lado, serve para avaliar as «condições de saúde do viajante, nomeadamente grávidas, crianças, idosos, indivíduos com doenças crónicas sob medicação, entre outros».

A vacinação é um aspecto importante da consulta de saúde do viajante. O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre amarela, mas alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças (como a febre tifóide, ou a meningite meningocócica). Outras vacinas podem ser recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), dependendo do local para onde for.

Informe-se; há consultas de saúde do viajante e centros de vacinação internacional espalhados por todo o país .


Indo para fora da União Europeia, o mais provável é que a sua viagem se faça de avião. Ora, para reduzir o desconforto provocado por esse meio, aconselham-se algumas medidas:

- Ingerir bastantes líquidos e evitar bebidas alcoólicas (a pressurização e o sistema de renovação do ar deixam a humidade num nível muito baixo, o que pode fazer com que as pessoas fiquem com boca, nariz, olhos e garganta secos)

- Para prevenir dor ou o entupimento dos ouvidos – comuns durante a descolagem ou aterragem –, abrir e fechar a boca repetidamente durante essas alturas, ou bocejar ou mascar pastilha elástica

- Para prevenir náuseas e enjoos (para além de consultar previamente um médico, que lhe recomendará alguma medicação), deve-se, se possível, escolher um lugar no avião que fique antes da asa, bem como evitar ler, comer pouco, direccionar a ventilação do ar para a face

- Para prevenir o inchaço nas pernas (problema que pode ser mais intenso em pessoas com varizes ou insuficiência cardíaca), um dos recursos disponíveis é o uso de meias elásticas, bem como fazer alguns movimentos de compressão e relaxamento da musculatura e andar um pouco durante o voo.

Porém, mesmo adoptando estas e outras medidas preventivas, é possível que o jet lag - um estado de desequilíbrio entre o ritmo biológico do organismo e os indicadores externos ambientais que normalmente lhe servem de referência, causado pelas viagens de avião em direcção a leste ou a oeste - se instale no destino.

Os sintomas do jet lag mais comuns são sonolência, falta de atenção, irritabilidade e alterações do hábito intestinal, e são mais acentuados quando a diferença de horário entre o ponto de partida e o destino é superior a quatro horas.

No entanto, pode tentar evitar o jet lag, ainda antes do embarque. Calcule os horários nos quais deveria estar a almoçar e jantar no país de destino, e passe, na medida do possível, a tentar seguir essa rotina. Outra dica é tentar marcar a viagem de modo a que o desembarque se faça durante o dia, para poder começar a adaptação ao fotoperíodo (tempo ao qual o corpo fica exposto à luz natural) o mais rápido possível.


E, claro, atenção à Gripe A

O mundo está a viver uma pandemia de Gripe A (H1N1). Apesar de, até à data, a doença manifestar uma baixa virulência, e de a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) referirem que não há restrições oficiais relativamente às deslocações das pessoas entre países, a Direcção-Geral da Saúde deixa algumas recomendações para quem vai viajar.

O organismo aconselha, às pessoas que tenham doenças crónicas, que consultem o seu médico antes de viajar. Todos as outras – adultos e crianças – devem adoptar as seguintes medidas de prevenção, durante a viagem e estadia:

- Evitar o contacto com pessoas doentes

- Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou toalhetes com solução de álcool

- Evitar tocar com as mãos nos olhos, nariz e boca

- Cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel, sempre que possível, e deitando-o no lixo de seguida

- Limpar as superfícies sujeitas a contacto manual (como maçanetas das portas e corrimãos), com um produto de limpeza comum

A Direcção-Geral da Saúde recomenda que, «se ficar doente, permaneça no hotel ou em casa e consulte o médico, se necessário», desaconselhando veementemente a auto-medicação. «Se apresentar sintomas de gripe (febre alta de início súbito e tosse, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça, dificuldade respiratória ou diarreia), dentro dos sete dias após o regresso, ou se tiver tido contacto próximo com pessoas apresentando sintomas de gripe, deve permanecer em casa, ligar para Linha Saúde 24: 808 24 24 24 e seguir as instruções que lhes forem dadas».

Boas férias!

Seguindo as recomendações que passámos em revista, bem como outras que poderão ser dadas na consulta de medicina do viajante – caso vá para um destino para fora da Europa, nomeadamente exótico –, certamente poderá gozar umas férias em segurança e com saúde.

E aproveite-as: liberte-se do stress, conviva muito, pratique as actividades de lazer de que mais gostar, e sairá revigorado(a) para… mais um ano de trabalho…!

Texto: Ana João Fernandes

Revisão científica: Dr. Rui Nogueira, vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG)




publicado por Lumife às 11:22

Agosto 02 2009

A propósito do Dia Mundial do Orgasmo, assinalado a 31 de Julho, tivemos uma conversa franca e aberta com a sexóloga Marta Crawford. A entrevista começou pelo fim – pelo orgasmo –, mas deslizou para outros temas dentro da sexualidade. Sem tabus, claro.

Como se pode definir o orgasmo?

O orgasmo é uma sensação subjectiva de prazer, que ocorre através de uma estimulação, feita quer a dois, quer individualmente. Basicamente, no momento do orgasmo, há uma transformação fisiológica e física: no homem, através da ejaculação (apesar de esta não ser sinónimo de orgasmo); e, na mulher, através de todas as contracções que tem no aparelho reprodutor.

Os franceses dizem que é um momento de “quase morte”; é um momento de escape, de êxtase, que faz com que as pessoas possam até perder o sentido da realidade. Mas se, mecanicamente, o orgasmo não é difícil de obter, porque os corpos reagem a uma estimulação, a sua qualidade a nível psicológico depende da qualidade de uma relação a dois. O ideal é a conjugação entre o plano físico e o psicológico.


Diz que, mecanicamente, o orgasmo não é difícil de atingir. Mas há muitos casos de mulheres sexualmente activas que têm dificuldades…

Sim, casos de anorgasmia. Existem muitas mulheres que não conseguem, têm dificuldade em atingir o orgasmo. Mas muitas são mulheres que nunca se estimularam, nunca se masturbaram. São mulheres muito contidas que receberam uma educação muito fechada, muito púdica, ou que têm pouco à-vontade com o seu próprio corpo, que nunca observaram os seus genitais. E não estou a falar de mulheres mais velhas, estou a falar de mulheres de todas as idades.

A maior parte das mulheres que sofrem de anorgasmia têm um historial de não masturbação, de alguma vergonha com o corpo, e muitas delas, por exemplo, racionalizam muito a relação e não se conseguem deixar ir; são espectadoras da própria relação. Mas a terapia existe e normalmente funciona, porque ajuda a mulher a descobrir o seu próprio corpo, a centrar-se em si, aprender a deixar-se ir. Passado algum tempo, normalmente conseguem começar a ter orgasmos, não só individualmente, como também a dois.


Antigamente dizia-se que a masturbação fazia mal. Agora, pergunto: a masturbação faz bem?

Sim. Ao contrário daquilo que se pensava anteriormente, a masturbação tem uma série de benefícios. Hoje em dia, é muitas vezes uma das indicações em termos de terapia. Nos casos de anorgasmia, sugerimos que a mulher passe a tocar-se, a descobrir o seu próprio corpo, sempre dependendo da pessoa e do tipo de ideia que tem sobre a própria sexualidade.

Mas, no fundo, em termos de benefícios para a saúde, a masturbação, como o sexo, reduz o stress; liberta a tensão sexual; promove o prazer sexual e íntimo; alivia as dores sexuais em muitas mulheres; melhora a qualidade do sono; aumenta o fluxo sanguíneo em toda a zona genital; fortalece a tonicidade muscular de toda a zona pélvica e anal, reduzindo, de alguma forma, as hipóteses de incontinência urinária; estimula a produção de endorfinas, criando uma sensação de bem-estar; melhora a auto-estima…

Enfim, em termos gerais, a masturbação é uma coisa boa, e ajuda de facto no tratamento de certas disfunções sexuais. Claro que se um homem ou uma mulher passa a recorrer à masturbação porque tem dificuldades na relação a dois, ou exagera na sua frequência, aí torna-se um problema, que deve ser resolvido. Mas, em termos gerais, é uma coisa positiva.


Há a ideia de que existem dois tipos de orgasmo feminino: aquele que tem a ver com a estimulação do clítoris, e o que tem a ver com a penetração. Freud dizia que a mulher que não conseguisse atingir o orgasmo simplesmente através da penetração era imatura sexualmente. Ainda há mal-entendidos ou preconceitos em relação a isso?

Sim, vêm mulheres ao meu consultório porque se queixam de que não têm orgasmo, mas, depois, quando começo a perguntar se nunca tiveram, às vezes dizem que têm, mas através da masturbação ou de sexo oral... Mas, mesmo assim, acham que não têm orgasmo porque não o atingem através da penetração. No entanto, não há nada de errado com as mulheres que normalmente só obtém o orgasmo através de estimulação externa. Aliás, 80 e tal por cento das mulheres consegue o orgasmo precisamente desse modo, porque o clítoris tem uma série de terminações nervosas. São raras as mulheres que não têm prazer com a estimulação do clítoris.

O problema é que, como há a ideia de que sexo é uma relação coital, logo, toda a gente deseja atingir o orgasmo através da penetração. Só que para o homem, de facto, é mais fácil, porque a penetração é muito estimulante para ele: a humidade, o calor da vagina, os movimentos de “vai e vem” ajudam a estimular, porque o pénis, a zona da glande, tem muitas terminações nervosas e por isso mesmo está a ser totalmente estimulado com a penetração.

Mas, no caso feminino, estando essas terminações nervosas no exterior, por muitos movimentos que o homem possa fazer, se não houver estimulação exterior, então é insuficiente. Eu costumo dizer que o pénis, por si só, não faz tudo. Só que os homens ainda não perceberam isso.

Mas a mulher também tem responsabilidade…

Tem, tem. Mas muitas vezes, de facto, também tem a ideia de que tem um problema. Mas se a relação sexual é muito rápida, ou muito dirigida só para a área genital, ou se não há preliminares, se não há envolvimento, obviamente é difícil atingir o orgasmo.



Para além da dificuldade em atingir o orgasmo, que outras disfunções sexuais são mais comuns?

A minha percepção empírica é que a falta de desejo feminino é muito comum. O vaginismo – a dificuldade em ter uma relação de penetração – também. No caso masculino, pedem-me ajuda homens com problemas a nível da ejaculação prematura, mas também começa a ser frequente eles terem falta de desejo.

Tudo é, de algum modo, tratável?

As situações de desajuste surgem muito em função de problemas individuais, ou da relação com outra pessoa, ou de situações que têm a ver com o passado, e que influenciam de alguma forma o presente. Trabalhando essas situações, sejam elas questões da infância, da juventude, do último relacionamento, traumas sexuais, preconceitos, é possível melhorar a vivência da sexualidade. Em relação a um casal em que a mulher tem falta de desejo sexual, tem de se avaliar o que se passa. E muitas vezes através da terapia, o casal até descobre de que, apesar de estarem há muito tempo juntos, podem viver a sexualidade com prazer. Em termos de terapia, há que pôr o casal numa postura diferente, quase que num recomeçar muito sensorial, e normalmente funciona bastante bem.

As terapias normalmente têm seis a sete fases; passam por uma fase muito sensorial, em que o terapeuta dá uma série de recomendações ao casal, e cria também obstáculos. Por exemplo, no início, o casal não pode ter uma relação coital, não pode tocar-se nos sítios mais óbvios, mais sexuais, mas tem de ter sessões de intimidade três a quatro vezes por semana. Depois, de 15 em 15 dias voltam ao terapeuta; nós vamos avaliando como as coisas correram, vamos acrescentando mais passos, e vai-se evoluindo até ao ponto em que já é possível haver relação coital.

Mas, no fundo, a ideia é descobrirem-se, redescobrirem-se, baixar tudo o que tem a ver com a ansiedade coital, questões relacionadas com a penetração, tentar elevar o desejo através dos impedimentos, tentar de facto voltar a estar quase no início de uma relação, em que as pessoas são muito mais afectuosas umas com as outras, muito mais atentas, tocam muito mais. Às vezes, na terapia trabalhamos questões tão simples como a partilha das tarefas domésticas, os horários. Apesar de ser uma terapia sexual, às vezes falamos de questões como as famílias de origem, os avós ou os pais que se metem muito, a gestão dos filhos. Questões relacionadas com a auto-estima, com o próprio corpo, com a auto-imagem, com a auto-confiança, tudo isso, consoante a situação, é trabalhado de uma forma terapêutica, porque tudo tem a ver indirectamente com a sexualidade.



Para finalizar, deixe-nos um conselho para uma vida sexual mais satisfatória.

Há muitas medidas que se pode aconselhar, mas, basicamente, a primeira é saber falar sobre o assunto. Se o casal tem receio ou vergonha de falar sobre as suas necessidades, do que gosta e desgosta, se não tem à-vontade para falar sobre as fantasias, obviamente a relação começa a morrer, porque começa-se a ir para a relação sexual, não como uma coisa boa, mas como uma coisa que tem que ser. A maior parte dos casais que me procura é porque a sua sexualidade tomou uma certa rotina, uma certa insatisfação, e uma das coisas que tento ensinar é o aprender a ouvir. E não ter pressa. Porque a sexualidade não tem que ser vivida com pressa. Tudo bem que existem rapidinhas, que são uma coisa boa de vez em quando, mas se a vida sexual se transforma no dia-a-dia numa rapidinha, obviamente deixa de conseguir ter prazer.

A mulher leva muito mais tempo a ficar excitada que o homem (dependendo da idade); se não houver a capacidade de estimular devidamente, se houver pressa, se o homem se encaminha logo para os genitais e para as mamas da mulher, se não há capacidade de tocar, de descobrir o corpo um do outro e avançar lentamente, sem ter a obrigação de fazer uma espécie de menu sexual, em que tudo tem que acontecer, e acontecer tudo da mesma forma, obviamente ao fim de algum tempo, isso produz uma certa insatisfação.

É preciso comunicar, saber ouvir bem as necessidades do outro. A ajuda basicamente passa por isso. A conversação leva a que possamos melhorar qualquer envolvimento sexual. E, em última instância, se já se optou por uma série de técnicas, de tentativas para melhorar a relação e se vê que não é possível melhorar, então há que procurar os técnicos dentro da área da sexologia, que podem orientar o casal no sentido de ter uma vida sexual satisfatória.

E uma vida sexual satisfatória passa certamente por não viver concentrado(a) na busca do orgasmo…

Sim. Se os casais estão concentrados na obtenção do orgasmo, na obtenção rápida do orgasmo, não usufruem do bom que é o relacionamento sexual: a vivência, o olhar, o beijar, o tocar, o cheirar, tudo o que tem a ver com as sensações. Hoje é quase tudo orientado para se ir à caça do orgasmo, mas o que é certo é que é preciso saber viver a sexualidade, aí é que se diferencia a qualidade do orgasmo. Há casais que já não se beijam de língua, já não se olham nos olhos durante o acto sexual! Quando isso acontece, até se pode conseguir atingir um orgasmo – porque mecanicamente, como disse, não é muito difícil – mas psicologicamente será um orgasmo de segunda. E para quê ter um orgasmo de segunda quando se pode viver um de primeira…?


Texto: Ana João Fernandes

 

 

 

 

 

 

publicado por Lumife às 18:27

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