SABIA QUE...?

Novembro 29 2009

A lombalgia, além de ser dolorosa e incómoda, provoca irritação e ansiedade,e em muitas ocasiões, não permite um bom descanso.
Conheça todas as facetas deste problema da zona lombar, as suas causas mais frequentes, a relação com os hábitos posturais e com o tipo de trabalho que realiza.


Factores de risco

Os casos mais comuns em que surge uma lombalgia são os seguintes:

O sedentarismo.
O excesso de peso.
A falta de tonicidade abdominal.
O tabagismo.
Gravidez.
Pessoas que levantam pesos no seu trabalho.
Condutores de camiões, autocarros, táxis, etc.
A obstipação.
As dores intensas durante o período menstrual.
As pessoas muito altas.
A depressão e as emoções ne-gativas contidas.
Carências vitamínicas (grupo B), de oligoelementos e de ácidos gordos ómega 3 e 6.
Tomar analgésicos esteróides.


Lombalgia ou lumbago é a dor na zona inferior do dorso, onde se encontram as vértebras lombares. Esta doença é muito frequente devido à falta de bons hábitos posturais nas nossas actividades quotidianas e no trabalho. Assim se vai acumulando a tensão nas costas, até que no momento mais inesperado, um movimento lesiona algum músculo, nervo, ligamento ou disco entre as vértebras, provocando uma dor paralisante.


As seis caras da lombalgia

Existem diferentes tipos de lombalgia, dependendo do tipo de dor, das estruturas danificadas e do mecanismo da lesão:

1. Aguda ou de esforço:

produz-se de forma repentina ao fazer-se um movimento brusco, ou de rotação - como ao jogar golfe -, de flexão e extensão do tronco ao tentar levantar um objecto de difícil acesso ou pesado, ou ao reagir após tropeçar.

A lesão pode produzir-se em dois tempos, começando com uma dor ligeira sem razão aparente, que desaparece ou que passa por vezes despercebida, mas alguns dias mais tarde aparece um bloqueio, a partir de um movimento simples. As pessoas que dela sofrem devem andar e sentar-se curvadas e com os joelhos dobrados, pois esta postura atenua a dor.

Este tipo de lombalgia provoca dor, rigidez, contracturas musculares e às vezes irradiações para o sacro, abdómen e inclusivamente os órgãos genitais, por compressão nervosa. Quando o disco intervertebral se lesiona, a dor é mais intensa e piora com uma simples tosse, espirro ou gargalhada.

Conselho: movimente-se com cuidado e consciência a todo o momento.

Sabia que?

Flexões perigosas
As posturas de flexão perigosas e as tensões emocionais fazem descair o útero, o que origina uma pressão sobre a bexiga, o recto, o sacro e a púbis, e como há ligamentos e fáscias entre si, pode bloquear o sacro e dar origem a lombalgias e ciáticas.


2. Crónica:

provoca uma dor que pode ser contínua, intermitente ou acentuada em certas posições (sentada, em pé, deitada, em flexão anterior, etc.).

Normalmente, piora à noite, produzindo fadiga, ou pela manhã, ao levantar. Não existe um bloqueio, pois a pessoa que dela sofre consegue andar e movimentar-se com relativa liberdade, e são na realidade as posições estáticas e prolongadas que se tornam intoleráveis.

Em muitas ocasiões, a causa deste tipo de lombalgias é um desequilíbrio de forças na coluna em geral que pode ser provocado por um excesso de peso ou uma postura incorrecta. A degeneração ou lesão residual dos discos intervertebrais e os reumatismos também são causas do lombalgia crónica.

Conselho: não se resigne perante a dor, poderá obter uma solução se encontrar o especialista e o tratamento adequados.


3. Lombociatalgia:

a causa mais frequente da lombociatalgia é a existência de uma hérnia no disco vertebral, de aparecimento brusco nos jovens e lento nas pessoas mais velhas, que comprime as raízes nervosas.

Mas também pode surgir como consequência de fracturas, infecções ou tumores próximos dos nervos.

Provoca uma dor intensa, com espasmos musculares e formigueiros que se iniciam na zona lombar e seguindo o trajecto do ciático vão ao glúteo, face posterior da coxa e parte externa da barriga da perna e do pé, até terminar na ponta dos dedos.
Os sintomas aumentam com o esforço, a tosse, o espirro, o acto de defecar, etc.

Conselho: faça os exames necessários (radiografia, ressonância magnética, etc.) para descartar as causas mais graves.


4. Síndrome da cauda equina:

é um quadro que se caracteriza por uma lombalgia com ciatalgia nas duas pernas, afecções intestinais ou urinárias e dormência em toda a zona genital. É provocada por uma hérnia discal muito grave que deve ser operada o quanto antes para evitar sequelas neurológicas.

5. Emocional:

são as lombalgias que ocorrem sem causa aparente e não seguem nenhum tipo de padrão lógico, pelo que a pessoa que dela padece não sabe identificar claramente o local da dor, nem as situações em que aparece ou desaparece.

A ansiedade, a frustração, a raiva e a tristeza são as emoções que mais frequentemente provocam as lombalgias de origem emocional. Também existe um tipo de lombalgia denominada psicogéna que corresponde à simulada pelas pessoas que procuram alguma forma de compensação emocional ou económica.

Conselho: a maioria das lombalgias tem factores emocionais associados, logo não deixe de procurar uma relação entre o sucedido e o início da dor.


6. Visceral: caracteriza-se por produzir dores enquanto a pessoa está na cama, que a obrigam a levantar-se, em-bora também possam surgir de manhã, ao despertar, e desaparecer ao longo do dia.

Em muitos casos, a causa é uma falta de irrigação sanguínea por pressões viscerais na zona, que piora na posição horizontal mantida durante horas.

Conselho: se se identifica com este tipo de lombalgia, deve acompanhar o tratamento de osteopatia com uma dieta depurativa e desintoxicante.

Sabia que?

Segredo de bailarina
Evite os movimentos bruscos e descontrolados, ao estar mais consciente da sua postura. Assim, ao baixar-se para apa-nhar um objecto do chão ou de uma mesa baixa, faça como uma bailarina: flexione os joelhos e mantenha o dorso o mais direito possível. Seja preciso e delicado.

Vá imediatamente ao médico

Perante qualquer dos seguinte sintomas, acuda o quanto antes a um médico ou especialista, porque um diagnóstico precoce é a chave para um tratamento bem sucedido:

Dor que se intensifica ao tossir ou espirrar e que o desperta durante a noite.
Dor ou inflamação que percorre uma ou as duas pernas.
Dificuldade para controlar a evacuação ou a micção.


Por Debora Taddei


publicado por Lumife às 13:06

Novembro 29 2009

Psoríase

O meu marido sofre de psoríase. Gostaria de saber quais as causas deste problema, qual a probabilidade de a minha filha de cinco anos vir a sofrer do mesmo mal, os principais cuidados a ter e se já existe em Portugal algum tratamento que cure completamente este problema.



A psoríase vulgar é uma doença eritematodescamativa da pele, isto é, traduz-se por manchas encarnadas e descamativas da pele cujos locais mais habituais são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés, podendo disseminar e ocorrer em todo o tegumento.




É uma doença de hereditariedade incompleta, isto é, quem tem a doença teve na família alguém que também sofreu da mesma e terá descendentes que poderão (ou não) vir a sofrer dela.




É uma doença benigna, que se pode agravar com o stress mas que não é contagiosa e que, neste momento, não tem cura, em Portugal ou em qualquer outro país.




Existem muitos tratamentos tópicos e sistémicos para fazer consoante o grau de gravidade.




Também a Fototerapia (exposição a ultravioletas A ou B, que se diferenciam pelo seu comprimento de onda mais longo ou mais curto, respectivamente), que existe nos consultórios de alguns dermatologistas, pode ser uma solução terapêutica, uma vez que o sol melhora muitas as psoríases.




Fala-se, neste momento, em terapêuticas biológicas que são caras e que, no nosso país, são apenas usadas em tratamento hospitalar (estatal) e que devem ser feitas aos doentes cuja psoríase seja tão limitativa e dolorosa (lesões extensas, secura marcada e artropatia), tendo efeitos secundários de certa gravidade e obrigando a um controle médico mais apertado.




Acredito que através dela estejamos mais perto da cura do que alguma vez antes.



Dr. Fernando Guerra -Dermatologista


Nasceu na capital, onde se formou em Medicina. É médico dermatologista, responsável pela Epilaser, Clínica de Dermatologia e Laser. Foi assistente hospitalar graduado dos Hospitais Civis de Lisboa, lugar que abandonou para se dedicar à clínica privada. É sócio da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e fundador do Grupo Português de Dermatologia Cosmética e Estética. Sócio da Academia Americana de Dermatologia, pertenceu durante seis anos ao Colégio de Dermatologia e Venereologia da Ordem dos Médicos e foi sócio fundador da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia.

(in Saber Viver)

publicado por Lumife às 13:04

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