Urticária
Tudo o que deve fazer para a
evitar
Cerca de 80% da população já teve ou há-de ter, ao longo da sua vida, pelo menos, um episódio desta inflamação da pele que se caracteriza pelo aparecimento de erupções e de comichão.
A urticária é um processo inflamatório da zona superficial da pele que se manifesta com o aparecimento de erupções e produz sensação de queimadura e comichão. Pode ser local ou espalhar-se por todo o corpo. Esta é uma doença comum mas evitável.
Esta patologia afecta todas as faixas etárias. Pode ter um carácter agudo (duração inferior a 4 semanas), sub-agudo (duração de 4 a 6 semanas) ou crónico (duração superior a 6 semanas).
Em cerca de 50% dos casos, as causas são desconhecidas. Nos casos restantes, podem ser muito variadas: infecções, doenças endócrinas ou auto-imunes, alguns medicamentos e alimentos, agentes físicos (sol, frio, exercício...) e picadas de insectos. Entre as crianças, costuma ser causada por infecções respiratórias ou alimentos.
Os sintomas a que deve estar atento
Antes de aparecerem as erupções e a comichão pode notar-se perda de apetite, mal-estar, dores de cabeça, febre e, em alguns casos, problemas respiratórios.
Como primeira medida de tratamento, é habitual iniciar uma medicação anti-histamínica. Se esta não der resultado, pode recorrer-se ao uso de corticoesteróides. Nos casos mais graves administra-se adrenalina subcutânea.
Algumas medidas podem ser úteis para aliviar o prurido, principalmente à noite: duche tépido e/ou aplicação de creme antipruriginoso. É importante a hidratação cutânea com aplicação de emolientes, particularmente nas formas crónicas.
Além disso, é fundamental evitar os agentes responsáveis pela urticária, quando evidenciáveis (ambientes húmidos, medicamentos sem prescrição médica, citrinos....).
Fonte: Dra. Beatriz Tavares (Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica)